Ao traduzir a Bíblia, João Ferreira de Almeida utilizou principalmente textos em hebraico para o Antigo Testamento e grego para o Novo Testamento, que eram as línguas originais nas quais os manuscritos bíblicos foram escritos. Para o Antigo Testamento, a base principal do Texto Massorético, que é uma tradição textual do hebraico bíblico que inclui uma série de notas marginais (massorá) com detalhes sobre a pronúncia, entonação e outras informações.
Para o Novo Testamento, Almeida se baseou nos manuscritos gregos disponíveis em sua época. A principal fonte dos manuscritos gregos do Novo Testamento é o Novum Testamentum Graece, uma edição crítica que compila diversos manuscritos antigos para fornecer uma representação do texto grego do Novo Testamento.
É importante notar que as traduções da Bíblia, incluindo a de Almeida, são interpretações dos textos originais. Diferentes tradutores podem tomar decisões diferentes ao interpretar o significado dos textos originais, essas diferenças podem ser refletidas nas diversas versões da Bíblia disponíveis.
Esses manuscritos que ele usou são confiáveis
Os manuscritos usados por João Ferreira de Almeida, como o Texto Massorético para o Antigo Testamento e os manuscritos gregos para o Novo Testamento, são considerados confiáveis no sentido de que representam as fontes textuais mais antigas disponíveis. No entanto, vale ressaltar que a questão da confiabilidade dos manuscritos bíblicos é complexa e tem sido objeto de estudo e debate entre estudiosos por muitos anos.
No caso do Antigo Testamento, o Texto Massorético é amplamente aceito como uma base confiável para as traduções modernas. Os escribas massoretas foram muito cuidadosos ao copiar os textos, introduzindo um sistema de pontos e marcas para preservar a pronúncia correta e a tradição textual.
Para o Novo Testamento, existem milhares de manuscritos gregos antigos, e os estudiosos usam métodos críticos para avaliar e comparar esses manuscritos. A maioria das diferenças entre os manuscritos é relativamente trivial, como erros de copista ortográficos ou diferenças na ordem das palavras. No entanto, há variantes textuais mais significativas em algumas passagens.
No geral, os manuscritos utilizados por Almeida são considerados importantes para a compreensão dos textos bíblicos, mas a interpretação e tradução podem variar entre as diferentes versões da Bíblia, dependendo das escolhas feitas pelos tradutores em relação às variantes textuais e interpretações.