Será que a letra mata mesmo

O texto grego é o seguinte:

ὃς καὶ ἱκάνωσεν ἡμᾶς διακόνους καινῆς διαθήκης, οὐ γράμματος ἀλλὰ πνεύματος · τὸ γὰρ γράμμα ἀποκτείνει, τὸ δὲ πνεῦμα ζῳοποιεῖ.

Transliteração:

hos kai hikanōsen hēmas diakonous kainēs diathēkēs, ou grammatos alla pneumatos; para gar grammatos apokteinei, para de pneuma zōopoiei.

Tradução:

“O qual também nos capacitou como ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; pois
a letra mata, mas o espírito vivifica.
a letra dá, mas o espírito vivifica.
a letra adquire mas o espírito vivifica
veja em 3 versão todas corretas

Ao analisar o texto original grego, confirmamos que a tradução “A letra mata e o Espírito vivifica” está de acordo com a interpretação direta do grego koiné. Essa tradução enfatiza a diferença entre a letra (a lei de forma literal) e o espírito (o entendimento espiritual). A ênfase está na ideia de que a observância rigorosa e legalista da lei pode levar à morte espiritual, enquanto a compreensão guiada pelo Espírito traz vida.

 

Quem ler muito pode morre

Não, o texto em questão não está sugerindo que ler muito ou adquirir conhecimento pode levar à morte física. A frase “a letra mata e o Espírito vivifica” é uma expressão usada pelo apóstolo Paulo para fazer uma distinção entre uma abordagem legalista e superficial da lei e uma compreensão mais profunda e espiritual.

A ideia central é que seguir a lei estritamente, sem compreender o significado espiritual subjacente, pode ser espiritualmente prejudicial. O contraste é feito entre uma abordagem baseada apenas na “letra” da lei e uma compreensão mais profunda guiada pelo “Espírito”.

Não há uma condenação geral do conhecimento ou da leitura no sentido de que adquirir conhecimento levaria à morte. Pelo contrário, a ênfase é em buscar uma compreensão espiritual mais profunda ao ler as escrituras e ao aplicar a lei, reconhecendo a importância do discernimento e da orientação espiritual.

Portanto, a passagem não se aplica ao conhecimento em geral, mas à maneira como alguém aborda e interpreta as leis e ensinamentos, seja de natureza religiosa ou ética.

Esse grego koiné é confiável

Sim, o grego koiné é uma forma histórica do grego que foi amplamente utilizada na Antiguidade, especialmente durante o período helenístico e o início do Império Romano. O Novo Testamento da Bíblia foi escrito em grego koiné, e essa forma de grego é uma ferramenta valiosa para estudiosos e teólogos que buscam compreender os textos bíblicos.

A confiabilidade do grego koiné reside no fato de que é a língua na qual muitos textos históricos, literários e religiosos foram escritos na época. Os manuscritos originais do Novo Testamento foram escritos em grego koiné, e, ao longo dos séculos, esses manuscritos foram copiados e preservados.

Os estudiosos modernos, incluindo filólogos, historiadores e teólogos, usam o grego koiné para analisar, traduzir e interpretar os textos do Novo Testamento. Existem manuscritos antigos e manuscritos mais recentes que são usados ​​como base para a tradução e interpretação desses textos. Além disso, há recursos como léxicos e gramáticas específicas para o grego koiné que auxiliam na compreensão do idioma.

Portanto, no contexto do estudo do Novo Testamento e de textos relacionados, o grego koiné é considerado confiável e é uma ferramenta essencial para a compreensão dos textos escritos na época.

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