01 – Foi uma morte expiatória. De alcance infinitamente maior e mais profundo que o obtido através da morte de animais, no AT. No antigo pacto, o sangue cobria o pecado (cf. Sl 51.9; Is 38.17; Mq 7.19). No NT, através de Cristo, o pecado é quitado, tirado, eliminado (Hb 9.26,28; 10.4-10
02- Foi uma morte propiciatória. Esta palavra vem de “propiciação”, (do lat. Propitiatio), que tem o significado de tornar propício, tornar-se favorável; também tem o sentido de juntar, reconciliar. “E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” ( Jo 2:2; Hb 2.17). Propiciar, no NT, é “aplacar a ira de um Deus santo pela oferenda dum sacrifício expiatório. Cristo é descrito como essa propiciação (cf. Rm 3.25; 1 Jo 2.4; 4.10)”[34]
03 – Foi uma morte substitutiva. Os animais, oferecidos sobre o altar do sacrifício, no AT, eram substitutos do pecador. Jesus Cristo, na cruz, foi o substituto perfeito para todos os que desejam o perdão de Deus. Viu Isaías: “Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados” (Is 53.5; ver 1 Pe 2.24).
04 – Foi uma morte redentora. A palavra redimir tem o sentido de resgate; de tornar a comprar algo por um preço. Faz alusão a alguém que encontrava, na feira, ou no mercado, antigamente, pessoas escravas, expostas à venda, de modo ignominioso, e adquiria um escravo, com a finalidade de libertá-lo. “Assim sendo, o termo tem um sentido duplo: significa tanto o pagamento de um preço como a libertação do cativo” [35] . No AT, quando um homem de posses queria redimir um parente, que se tornara escravo, tinha que ter três condições:
1) Tinha que ser um parente do escravo;
2) Deveria estar disposto a pagar o preço da redenção;
3) Deveria ter condições para pagar o preço do escravo (ver Lv 25.47- 49).
Nosso Senhor Jesus Cristo teve em si mesmo todas essas condições:
Fez-se “nosso parente”, quando “se fez carne, e habitou entre nós” (Jo 1.14); dispôs-se a pagar o preço de nossa redenção (2 Co 8.9); e foi o único que teve condições de pagar o preço aceito pela justiça de Deus (1 Pe 1.18,19); nós fomos redimidos, resgatados, comprados por Cristo. Somos sua propriedade (1 Co 6.19,20). A redenção de uma alma exige um preço caríssimo,
que ninguém pode pagar (Sl 49.7-9). Jesus deu a vida em resgate de muitos (Mt
20.28).
05 Foi uma morte reconciliadora. Reconciliar significa reatar uma amizade. Conciliar outra vez. Através do pecado, ante a santidade de Deus, o homem tornou-se seu inimigo. Diz Paulo: “Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8; 2 Co 5.18,19; Cl 1.21; Rm 5.10).
06 – Foi uma morte triunfante. Normalmente, quando um líder morre, num confronto, diz-se que ele foi derrotado. Com Cristo, aconteceu o contrário. Foi exatamente na sua morte que Ele triunfou contra o diabo e o pecado. No proto-evangelho, em Gn 3.15, Deus decretou que a “semente da mulher” – Jesus – haveria de esmagar a cabeça da “serpente”, que é Satanás. Diz Chaffer [36] que “O combate entre Cristo e Satanás, que foi travado na colina do Calvário, envolve questões e poderes pertencentes
Disciplina: DOUTRINA DE CRISTO
Professor: Elinaldo Renovato de Lima