De acordo com a Bíblia, podemos declarar a Santa Ceia santa porque ela é um memorial da morte e ressurreição de Jesus Cristo, o Filho de Deus, que nos salvou dos nossos pecados. A Santa Ceia é um ato de fé, obediência e comunhão com Deus e com os irmãos na igreja. Ela nos lembra do sacrifício de Jesus na cruz, do seu sangue derramado e do seu corpo partido por nós. Ela também nos faz esperar pela sua volta gloriosa, quando celebraremos com ele a ceia eterna no Reino de Deus.
A Santa Ceia foi instituída por Jesus na noite em que foi traído, antes de ser preso e crucificado. Ele reuniu os seus discípulos para celebrar a Páscoa judaica, que era uma festa que lembrava a libertação do povo de Israel da escravidão no Egito. Jesus pegou o pão e o vinho, que eram elementos da refeição pascal, e deu um novo significado a eles. Ele disse que o pão era o seu corpo, que seria entregue por nós, e que o vinho era o seu sangue, que seria derramado para a remissão dos nossos pecados. Ele ordenou aos seus discípulos que fizessem isso em memória dele (Lucas 22:19-20).
A Santa Ceia é um símbolo da nova aliança que Deus fez conosco por meio de Jesus. Ele é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (João 1:29). O seu sangue nos purifica de toda injustiça e nos reconcilia com Deus (1 João 1:7; 2 Coríntios 5:18-19). O seu corpo nos alimenta espiritualmente e nos dá vida eterna (João 6:51-58). A Santa Ceia é uma forma de proclamarmos a morte do Senhor até que ele venha (1 Coríntios 11:26).
A Santa Ceia é também uma expressão da nossa comunhão com Deus e com os irmãos na igreja. Ela nos une como um só corpo em Cristo (1 Coríntios 10:16-17). Ela nos faz examinar a nós mesmos e confessar os nossos pecados, para não participarmos dela de forma indigna (1 Coríntios 11:27-32). Ela nos faz perdoar uns aos outros, como Deus nos perdoou em Cristo (Efésios 4:32). Ela nos faz amar uns aos outros, como Cristo nos amou e se entregou por nós (João 13:34-35; Efésios 5:2).
A Santa Ceia é, portanto, um ato sagrado, que deve ser celebrado com reverência, gratidão e alegria. Ela é uma forma de adorarmos a Deus pelo seu grande amor por nós. Ela é uma forma de renovarmos a nossa aliança com ele e com os nossos irmãos na fé. Ela é uma forma de nos prepararmos para a vinda do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Agora vamos ver no original do grego
Se considerarmos apenas a etimologia e a língua original, a expressão “Santa Ceia” é frequentemente associada à tradução da frase grega “κυριακὸν δεῖπνον” (kuriakon deipnon) encontrada no Novo Testamento da Bíblia. A palavra “kuriakon” está relacionada a “Kyrios”, que significa “Senhor”, e “deipnon” se refere a uma refeição ou banquete.
A passagem específica que geralmente é associada à instituição da Ceia do Senhor é encontrada nos Evangelhos Sinópticos (Mateus 26:26-28, Marcos 14:22-24, Lucas 22:19-20) e nas epístolas do Novo Testamento (1 Coríntios 11 :23-26). Nessas passagens, Jesus institui a Ceia do Senhor durante a última ceia que teve com seus discípulos, vinculando-a ao Seu corpo e sangue.
No contexto original grego, a palavra “kuriakon” pode ser traduzida como “do Senhor” ou “sagrado”. Portanto, a expressão “Santa Ceia” reflete essa ideia de uma refeição sagrada ou associada ao Senhor. No entanto, é importante notar que o termo exato “Santa Ceia” pode não ser usado nas escrituras em grego, mas a ideia de uma refeição sagrada instituída por Jesus está presente.
Assim, se interpretarmos a partir do grego original, podemos considerar que a Ceia do Senhor é associada à ideia de ser sagrada, mas a formulação específica pode variar em diferentes traduções e interpretações.