A palavra hipostática é derivada do termo hipóstase, que tem o seguinte significado: “O modo de ser pelo qual a qualquer existência substancial é dada uma individualidade independente”. [ 30]
É um termo difícil de ser entendido ou traduzido, em qualquer dicionário ou enciclopédia. Na análise da união hipostática das duas naturezas de Cristo, consideram-se três aspectos:
1 – Sua divindade. Jesus, ao tornar-se homem, não deixou de ser Deus em nenhum momento. Ele manteve sua deidade, na união hipostática entre a natureza humana e a divina. “Por mais complexo que isso possa ser para as mentes humanas, a unidade trinitariana original permanece tão perfeitamente após a encarnação como antes (cf. Jo 10.30; 14.9-11)”.[31]
2 – Sua humanidade. Jesus assumiu a humanidade de modo perfeito e completo, através da encarnação. Antes de vir ao mundo, Ele não possuía a humanidade, mas tornou-se Deus-homem, na encarnação. Assim, Ele se tornou uma “pessoa teantrópica – destinada a ser assim para sempre”. Assumindo a humanidade, Jesus a glorificou. Diz Chaffer: “Um homem glorificado cuja humanidade não foi renunciada está no céu…Portanto, deve ser reconhecido que a pessoa teantrópica é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, e que sua humanidade, perfeita e completa, é tão duradoura quanto o é a sua deidade”. [32]
Não é algo fácil de ser apreendido pela mente finita do homem. Mas, pela união hipostática das duas naturezas de Cristo, ao descer par ser homem, Jesus dignificou a humanidade; ao voltar para o céu, ele levou a natureza humana, provocando uma “alteração” divina na Trindade.
A divindade de Cristo incorporou a “perfeita humanidade que Ele adquiriu e sempre reterá. Dessas duas naturezas pode ser afirmado, por evidência da Escritura, que estão unidas em uma pessoa, e não em duas…” [36]
“Com reverência é dito que a divindade de Cristo, desacompanhada de sua humanidade, não poderia salvar o perdido, nem poderia a humanidade, de cristo, ao agir solitariamente, redimir…. É natural avaliar que a divina natureza de Cristo transcende em muito a natureza humana em sua dignidade, no Ser eterno, na glória intrínseca, que a importância da natureza humana quase desaparece por completo [33]
“A divindade de Cristo não é diminuída por sua união em uma pessoa com aquilo que é a natureza humana não-caída, e a humanidade não-caída retém as suas limitações normais”
Escola de Teologia – ETAP
Disciplina: DOUTRINA DE CRISTO
Professor: Elinaldo Renovato de Lima
Disciplina: DOUTRINA DE CRISTO
Professor: Elinaldo Renovato de Lima
30 New Standard Dictionary, citado por CHAFFER. Teologia sistemática, Vol. 1 e 2, p. 390.
31 Lewis Sperry CHAFFER. Teologia sistemática, p. 391.
32 Lewis Sperry CHAFFER. Teologia sistemática, Vol. 1 e 2, p. 391.
36 Ibid., p. 392.
36 Ibid., p. 392.
33 Ibid., p. 393.