há uma tradição judaica associada ao Dia da Expiação que envolve uma corda amarrada ao sumo sacerdote. Embora essa prática não seja mencionada explicitamente na Bíblia, é uma tradição que se desenvolveu com base em interpretações de textos bíblicos.
A ideia por trás dessa tradição está relacionada ao temor de que o sumo sacerdote pudesse morrer no Santo dos Santos durante o Dia da Expiação. De acordo com a tradição, o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos sozinho, e se não estivesse em estado apropriado de pureza ou se desrespeitasse as instruções divinas, temia-se que ele pudesse ser punido com a morte na presença de Deus.
A corda amarrada ao sumo sacerdote serviria como meio de retirá-lo caso algo desse errado. Se o sumo sacerdote morresse durante a realização dos rituais no Santo dos Santos, os outros sacerdotes, sem entrar no local sagrado, poderiam puxar o sumo sacerdote para fora usando a corda, evitando assim a profanação do Santo dos Santos.
Embora essa prática não seja mencionada explicitamente na Bíblia, ela reflete a reverência e o temor associados ao acesso ao lugar santíssimo e a preocupação com a manutenção da pureza ritual.
experiência de Zacarias quando saiu do Templo
No Novo Testamento, no Evangelho de Lucas, capítulo 1. O pai de João Batista, Zacarias, era um sacerdote que estava ministrando no Templo de Jerusalém. Durante o seu serviço, um anjo apareceu a Zacarias e anunciou o nascimento de João Batista.
Após essa experiência, Zacarias saiu do Templo, mas ele demorou mais tempo do que o esperado. O povo que estava do lado de fora ficou surpreso com a demora. Não há menção de uma corda amarrada a Zacarias, como na tradição associada ao Dia da Expiação. Neste caso, a demora de Zacarias pode ter sido interpretada como uma experiência sobrenatural, dada a visita do anjo e a promessa do nascimento de João Batista.
O que diz a tradição
A tradição da corda amarrada ao sacerdote, especificamente ao sumo sacerdote durante o Dia da Expiação, não está explicitamente mencionada na Bíblia. Essa prática é baseada em interpretações e tradições posteriores associadas às cerimônias do Templo de Jerusalém.
A Bíblia não descreve detalhadamente todos os aspectos cerimoniais e práticas do Templo, e algumas tradições, como a da corda amarrada, podem ter se desenvolvido a partir de interpretações e histórias transmitidas ao longo do tempo. Portanto, não há um texto específico do Antigo Testamento que mencione diretamente a prática da corda amarrada ao sumo sacerdote.
É sempre importante reconhecer a distinção entre o que é diretamente registrado nas Escrituras e as tradições que se desenvolveram posteriormente em comunidades religiosas. Em muitos casos, as tradições podem ser baseadas em interpretações e entendimentos culturais que se desenvolveram ao longo dos séculos.
Shalon
Na tradição Judaica a Zohar é quem faz menção ou alusão a corda sob os lombos do sacerdote.
Tradição oral da Torah.