Quem eram os huguenotes?

Os huguenotes eram membros de uma comunidade protestante na França durante os séculos 16 e 17, principalmente durante a Reforma Protestante. O termo “huguenote” é derivado de uma palavra usada pejorativamente para descrever esses protestantes, mas sua origem exata não é clara.

Os huguenotes eram seguidores das ideias da Reforma, lideradas por Martinho Lutero e João Calvino. Eles buscavam reformar a Igreja Católica Romana e eram conhecidos por sua adesão a princípios como a justificação pela fé, a autoridade da Bíblia e a rejeição de muitas práticas católicas consideradas não bíblicas.

A situação dos huguenotes na França foi marcada por conflitos religiosos, especialmente durante as Guerras de Religião na segunda metade do século 16. Uma das mais conhecidas foi a Noite de São Bartolomeu, ocorrida em 1572, quando milhares de huguenotes foram mortos em Paris e em outras partes do país.

O Édito de Nantes, promulgado por Henrique IV em 1598, concedeu liberdade religiosa aos huguenotes, encerrando temporariamente os conflitos religiosos. No entanto, em 1685, o Édito de Nantes foi revogado pelo rei Luís XIV, o que levou a perseguições e emigração em massa dos huguenotes, que buscaram refúgio em outros países europeus e contribuíram para a diáspora protestante.

Corpos foram empilhados às centenas. Muitos foram jogados no rio Sena. A barbaridade era aterrorizante: um livreiro foi queimado, com seus sete filhos, em uma fogueira feita com seus livros. Nem mesmo os bebês foram poupados desse banho de sangue. A loucura se espalhou pelas províncias nos dias e nas semanas que se seguiram. Catarina tentou diminuir a violência em Paris fazendo com que Carlos assinasse uma declaração dizendo que o assassinato de Coligny e dos outros huguenotes não era um golpe contra a fé protestante, mas simplesmente o abafamento de uma conspiração. Isso pode ter acalmado os parisienses já fartos de sangue, mas, nos outros lugares da França, o terror apenas começava. A despeito das ordens reais aos governadores das províncias, aprovando a “proteção” para os huguenotes, as multidões continuavam ensandecidas (CURTIS et all, 2003, p. 127).

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