Lição 9 – Jovens 3° trimestre 2023

 

Lição 9 - CONSELHOS DE PAULO A TIMÓTEO
Jovens 3° trimestre 2023

Lição 9 – CONSELHOS DE
PAULO A TIMÓTEO

27 de agosto de 2023

TEXTO PRINCIPAL

 “Conjuro- te, diante de Deus,
e do Senhor Jesus Cristo, e
dos anjos eleitos, que, sem
prevenção, guardes estas coisas,
nada fazendo por parcialidade.’ (1 Tm 5.21

RESUMO DA LIÇÃO
 O líder deve ser imparcial,
sem se deixar influenciar por
quaisquer fatores que o leve
a favoritismos.

LEITURA SEMANAL

 SEGUNDA – 1 Tm 5.22
Conselho em relação às atitudes 
TERÇA  – 1 Tm 5. 23
Conselho em relação à saúde 
QUARTA  – 1 Tm 1.2
O amor de um pai na fé 
QUINTA  – 1 Tm 4 .16
Conselho em relação ao
cuidado de si mesmo 
SEXTA  – 1 Tm 6.20  Conselho para guardar a fé 
SÁBADO – 2 Tm 2.1
Conselho para se
fortificar na graça

OBJETIVOS 

COMPREENDER qual deveria ser o julgamento dos presbíteros; 
MOSTRAR como deve ser a designação de líderes; 
EXPLICAR por que Paulo aconselha Timóteo a usar um pouco de
vinho na água.



INTERAÇÃO 

Prezado(a) professor(a), na lição deste domingo vamos concluir o estudo da
Primeira Carta a Timóteo. Verem os a responsabilidade que os pastores têm na
escolha dos presbíteros e a disciplina aplicada a eles.
No decorrer da lição, enfatize que aqueles que exercem juízo não podem se
esquecer de que todos estamos sujeitos ao julgamento do Juiz de toda a Terra,
que a tudo vê. O caráter público da repreensão do presbítero fica bastante evidente no texto em estudo. Precisamos ter consciência de que o encobrimento
de pecados enfraquece a igreja. 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 

Professor(a), peça que um aluno ou aluna, leia em voz alta 1 Timóteo 5.21.
Em seguida pergunte: “Com o o líder deve agir em caso de disciplina?” Ouça
os alunos com atenção. Em seguida explique que “a liderança da igreja é
uma grande responsabilidade. Por mais difícil que pudesse ser, Timóteo não
deveria vacilar em nenhum a das instruções de Paulo (e, particularmente, nas
instruções a respeito da repreensão aos presbíteros). Qualquer disciplina
ou repreensão necessária deveria ser administrada sem considerar as inclinações pessoais de Timóteo ou seu eventual favoritismo. Hoje, da mesma
maneira, a liderança na igreja deve ser abordada com maturidade, fidelidade,
piedade e ausência de favoritismo. A saúde de um corpo de crentes é muito
mais importante que ter preferência por alguém que não satisfaz os padrões
aqui estabelecidos” (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de
Janeiro: CPAD, 2015, p. 1756).

TEXTO BÍBLICO

21 Conjuro- te, diante de Deus, e do Senhor
Jesus Cristo, e dos anjos eleitos, que,
sem prevenção, guardes estas coisas,
nada fazendo por parcialidade. 
22 A ninguém imponhas precipitadamente
as mãos, nem participes dos pecados
alheios; conserva-te a ti mesmo puro. 
23 Não bebas mais água só, m as usa de
um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades. 
24 Os pecados de alguns homens são
manifestos, precedendo o juízo; e em
alguns manifestam -se depois. 
25 Assim mesmo também as boas obras
são manifestas, e as que são doutra
maneira não podem ocultar-se,

INTRODUÇÃO 

A lição de hoje conclui o estudo da
Primeira Carta de Paulo a Timóteo. Estudaremos a respeito da responsabilidade
pastoral de escolha dos presbíteros e
da disciplina a eles aplicada. O apóstolo
volta a advertir ao jovem pastor acerca
da indispensável cautela para a ordenação desses lideres, apontando para
a necessidade de um tempo de observação para conhecer eventuais pecados
do candidato, assim como para ciência
inequívoca de suas boas qualificações.
  Em um tempo em que impera a
cultura da pressa, fruto da profunda
ansiedade que insiste em afetar a todos
nós, é salutar considerar o que a Palavra
de Deus nos ensina. Precisam os ser
moderados e esperar, sempre, 0 tempo
de Deus para tudo (Ec 3.1). 

I – O JULGAMENTO DOS PRESBÍTEROS 

1. Sem prejulgamento ou parcialidade. Timóteo tinha a missão de observar
a conduta dos presbíteros e fazer o
devido juízo, para honra ou para repreensão. Para isso Paulo o responsabilizou
solenemente (“conjuro-te”), “diante de
Deus, e do Senhor Jesus Cristo, e dos
anjos eleitos” (1 Tm 5.21).
  O juízo deveria ser exercido “sem
prevenção”, isto é, sem prejulgamentos ou
motivações subjetivas que o inclinassem
previamente a favor ou contra alguém,
Timóteo deveria ser imparcial, sem se
deixar influenciar por quaisquer fatores que
o levassem a favoritismos. Paulo o lembra
de que estava diante de Deus, o Juiz de
toda a terra, do Senhor Jesus, perante
quem todos deveremos comparecer, e
dos anjos de Deus, que participarão do
Juízo Final (Gn 18.25; Hb 12.23; Ap 14.14-20). 

2. A honra devida. 

No versículo 17 do
capítulo 5 o apóstolo prevê a retribuição
especial que os pastores locais deveriam
ter, em conformidade com o trabalho
prestado. Os presbítero, que governassem bem, deveriam ser “estimados por
dignos de duplicada honra”. Isso incluía
a remuneração pelo trabalho, como está
explícito no versículo 18, no qual Paulo
usa a figura “do boi que debulha”, citando
o Antigo Testamento (Dt 25.4), como já
havia feito na carta à igreja de Corinto (1Co 9.9). Também se refere ao ensino de
Jesus registrado por Lucas; “I…1 digno é
o obreiro de seu salário” (Lc 10.7).
  O reconhecimento deveria ser maior
ainda para os presbíteros que trabalhassem
“na palavra e na doutrina”, ou seja, pregando e ensinando as Escrituras. Conforme 1 Timóteo 3.2, todos os presbíteros deveriam
ser aptos para ensinar, mas certamente
nem todos o faziam. Por isso, aqueles que
se dedicassem ao ministério da Palavra
deveriam ser ainda mais honrados.
   O texto não abona, contudo, que
haja um pastor-dirigente que cuide
somente de questões administrativas e
não ensine a igreja, pois é a exposição
da Palavra o que realmente identifica a
essência da missão pastoral (Hb 13.7). 

3. A repreensão devida. 

O tratamento justo aos presbíteros impunha, ao
mesmo tempo, a repreensão para os
que pecassem. A igreja precisa ser um
ambiente onde impere a justiça. Não
pode ser um lugar onde acusações
levianas tenham espaço. Por isso, Paulo
diz a Timóteo e para conhecimento
de todos, que não deveria ser aceita
acusação contra presbítero senão com
duas ou três testemunhas.
  O apóstolo apresenta a necessidade
de um verdadeiro juízo de admissibilidade, para evitar que qualquer tipo de
acusação sem lastro em provas pudesse
pôr em dúvida a conduta do obreiro e
macular a sua reputação, Na verdade,
essa exigência de apresentação mínima
de testem unhas é aplicável a todos,
desde o Antigo Testamento (Dt 19.15; Mt18.15-17). Deveria ser observada também
em relação ao presbítero, certamente
porque o próprio exercício do ministério
pode suscitar oposições e calúnias. 

4. 0 caráter público. 

A repreensão
ao presbítero deveria ser feita de forma
pública. Não se poderia “abafar” o caso,
ou tratá-lo reservadamente, evitando
que se tornasse público. Pelo contrário!
A expressão “na presença de todos” não
deixa dúvida de que não havia espaço
para acobertamento de pecados.
   Acobertar pecados, sob a alegação
d e proteger a “imagem” do faltoso,
além de não contribuir para sua verdadeira recuperação espiritual serve
para enfraquecer o temor no corpo
eclesiástico, criando um círculo vicioso
de pecados e escândalos. Repreender,
na presença de todos, o presbítero que
pecasse, levaria “os outros” a terem
temor (íT m 5.20).
   Pela natureza pública do procedimento, podem os afirmar que a expressão “os outros” abrangeria a todos
da igreja, já que de todos seria dado a
conhecer os fatos e a disciplina aplicada.

SUBSÍDO 1

 Prezado(a) professor(a), explique
que ‘uma vez que ninguém é exposto
a tantas reclamações e calunias como o
ministro que serve fielmente, os presbíteros merecem mais do que somente a
proteção financeira Merecem a confiança
da congregação a menos que as reclamações sejam substanciadas por várias
testemunhas. Em outras palavras, os ministros devem ser considerados inocentes
até que seja provado o contrário, como
ocorre com todas as pessoas (2 Co 13,1;
cf. Dt 19.15; Jo 8.17; Hb 10.28). Calvino disse
que tal prática é um remédio necessário
contra a malícia dos homens; ninguém
esta mais sujeito a calúnia e difamações
do que os mestres piedosos’.
   No entanto, se as reclamações podem ser substanciadas, os pecados do 
presbítero não devem ser ocultados e sim expostos publicamente (v. 20.) Este exemplo publico não será apenas uma forte advertência aos demais presbitério, mas também a toda a congregação.’ <Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD. 2003. p. 1478.)




II – A DESIGNAÇÃO DE LÍDERES 

1. Sem precipitação. Vivem os em
uma sociedade na qual tem imperado a cultura da pressa. É a chamada
“sociedade fast food”, cheia de ansiedade, estresse e depressão. Você
já deve ter ouvido falar da Síndrome
do Pensamento Acelerado (SPA), que
alguns especialista s afirmam estar
atingindo mais de 8 0 % da população.
Precisamos tomar muito cuidado para
não sermos envolvidos nesse turbilhão
de inquietação mundial.
   Em um aspecto prático da administração eclesiástica, Paulo trata disso
com Timóteo ao falar sobre a designação de líderes para a igreja de Éfeso. O
jovem pastor deveria ser cauteloso e
não impor precipitadamente as mãos
sobre ninguém (1 Tm 5.22). A ordenação de obreiros precisa ser fruto de
um processo rigoroso de observação
de condutas, visando identificar as
qualificações previstas no capítulo 3
em Primeira a Timóteo. 

2. Pecados evidentes.

 No versículo
24, Paulo trata dos pecados evidentes,
que podem ser observados com mais
facilidade na vida de um candidato a
líder espiritual. Todavia, o apóstolo adverte a Timóteo de que alguns pecados
som ente se manifestam ao longo do
tempo, daí a necessidade de espera e
análise da conduta.
   De fato, existem pecados que podem os chamar de flagrantes. Outros,
contudo, costumam ficar escondidos,
e até disfarçados em comportamentos
aparentemente sadios. Pecados menos
patentes, como o orgulho, a soberba
e a rebeldia, que geralmente só se
manifestam com o tempo, diante de
situações específicas às quais a pessoa é submetida, também serão julgados
pelo Senhor.

3. Boas obras. 

Da mesma forma
que os pecados, também existem boas
obras que facilmente são percebidas.
Outras, contudo, que não são feitas em
público, som ente com 0 tempo aparecem. Essas, na verdade, costumam
ser as m ais autênticas. Assim , ao se
impressionar com boas ações logo no
começo, Timóteo poderia ser enganado.
Com o diz 0 conhecido adágio: “Nem
tudo que reluz é ouro”
  Alguns exegetas entendem que a
expressão “as que são doutra maneira
não podem ocultar-se” (1 Tm 5.25) diz
respeito a más obras e não a boas obras.
Assim, o sentido seria: boas obras aparecem facilmente, mas as más obras
costumam ser ocultadas. Por isso, é
preciso esperar com paciência, para
que os verdadeiros frutos apareçam,
sejam bons, sejam maus (Mt 7.15-23). 

SUBSÍDIO 2

 Professor(a), explique que “existem
pessoas, Paulo assinala, cujos pecados
são imediatamente óbvios, estando
diante d eles para julgamento – um
outro modo de dizer que até o pastor
mais inexperiente e sem discernimento não tem desculpas por não tê-los
notado. Existem outros, porém, cujos
pecados vêm como rastro de cada um
deles; isto é, só serão trazidos à luz
quando com parecerem na presença
do Juiz que tudo vê. A existência de tais
pessoas sublinha a necessidade de se
ter um extremo cuidado ao selecionar
os ministros.”
(1Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. p. 1478.)

III – UM POUCO DE VINHO 

1• A questão da abstinência. Paulo
recomenda a Timóteo que não bebesse
som ente água, m as que usasse “um
pouco de vinho” 1 Tm 5.23), Alguns
eruditos veem neste versículo certo
embaraço para 0 entendimento vigente
em nossas igrejas, de abstinência total
de vinho ou de quaisquer bebidas alcoólicas. Por outro lado, alguns intérpretes
consideram que a referência do apóstolo seria ao vinho não fermentando ou
não embriagante.
   A dificuldade apontada pelos eruditos é apenas aparente, porque o
texto é absolutamente claro quanto
ao propósito do uso do vinho, que era
medicinal e não embriagante. Assim,
se fermentado ou não, não há, na recomendação de Paulo, a mínima margem
para se interpretar 0 secionamento do
uso do vinho para fins embriagantes. O
exame da motivação resolve a equação. 

2, Os m ales do vinho. 

São diversos
os textos bíblicos que apontam para os
perigos do vinho, razão que bem fazemos em nos manter longe dele, assim
como de qualquer bebida embriagante
(Pv 23.29-32; Is 28.7; Ef 5.18). Provérbios20.1 diz: “O vinho é escarnecedor, e a
bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele
que neles errar nunca será sábio”
   Com o já afirmamos em lição anterior, não são poucos os exemplos de
terríveis tragédias na vida de pessoas
que escolheram relativizar essa recomendação. Em Jeremias 35.6-19 temos
o belíssimo exemplo dos recabitas.
Eles se mostraram zelosos pelo ensino
de seu pai Jonadabe, filho de Recabe, abstendo-se totalmente de vinho e
foram honrados por Deus.

3. As enfermidades de Timóteo.

 O texto bíblico não explicita que enfermidades Timóteo enfrentava. Pela
expressão paulina, acredita-se que ele
tinha problemas estomacais, o que
se atribui à baixa qualidade da água.
Conforme Donald Stamps, “Timóteo
começara a ter distúrbios gástricos,
provavelmente devido ao teor de álcali
[metais alcalinos como o lítio, o sódio
e o potássio na água em Éfeso. Paulo,
portanto, declara que ele devia usar
um pouco de vinho com aquela água
para neutralizar os efeitos daninhos
da alcalinidade.” Mas Paulo menciona
também “frequentes enfermidades”, de
forma indeterminada. Talvez fossem
efeito s colaterais, d e corre n te s do
problema estomacal, o que indica que
Timóteo tinha uma certa debilidade
em sua saúde. Isso provavelmente
representava um desafio a m ais na
vida daquele jovem obreiro. Uma razão a mais para seu mentor espiritual
demonstrar preocupação e encorajamento. É reconfortante quando vemos
líderes que se preocupam, de verdade,
com a vida de seus liderados, demonstrando como, no Reino de Deus,
se valoriza não apenas o trabalho do
obreiro, m as a pessoa em todos os
aspectos. Isso é fruto de verdadeiro
amor e sincera afeição.

 PENSE! 

0 caminho da obediência é 0 que realmente agrada a Deus (1 Sm 15.22). 

PONTO IM PORTANTE! 
Deus valoriza não apenas o trabalho
do obreiro, mas a pessoa em todos
os aspectos.



CONCLUSÃO 

Concluímos essa lição com essa nota
da afetuosidade que havia entre Paulo
e Timóteo, um jovem cooperador que
servia ao lado do apóstolo “como filho
ao pai” (Fp 2.22). Timóteo havia se entregado à mentoria de Paulo desde os
primeiros anos de sua fé (At 16,1-5). Foi
obediente e fiel em todas as missões
que recebeu. Que o Senhor continue
levantando “Paulos” e “ Timóteo ’ para
o bem de sua Igreja.

HORA DA REVISÃO 

1. Que fatores seriam motivos de
duplicada honra aos presbíteros?
 Os presbíteros, que governassem
bem e os que trabalhassem “na
palavra e na doutrina”. 

2. Por que os presbíteros deveriam ser
repreendidos na presença de todos? 
Para que os outros que não haviam
pecado tivessem temor. Também
para que não houvesse espaço para
acobertamento de pecados. 

3. Por que é preciso ter cautela na
ordenação de obreiros? 
Porque a ordenação d e obreiros
precisa ser fruto de um processo
rigoroso de observação de conduta,
visando identificar as qualificações
previstas no capítulo 3 em Timóteo. 

4. Por que Timóteo deveria tomar um
pouco d e vinho?
 Devido suas frequentes enfermidades e do estômago. 

5. Que lição tiram os da atitude de
preocupação de Paulo com Timóteo?
 Que é reconfortante quando vemos
líderes que se preocupam, de verdade, com a vida de seus liderados,
demonstrando como, no Reino de
Deus, se valoriza não apenas o trabalho do obreiro, mas a pessoa em
todos os aspectos.

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