LIÇÃO 10: O PODER DA EVANGELIZAÇÃO NA FAMÍLIA,CPAD

Texto Áureo
“ […] Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.” (At 16.31)

                                                Verdade Prática
A salvação pela fé em Jesus deve ser pregada aos filhos e aos fami­liares não crentes, tanto por meio de palavras quanto por um teste­munho bom, eficaz e amoroso.


INTRODUÇÃO
O evangelista Lucas narra a trans­formação operada pelo Evangelho no lar do carcereiro de Filipos. Responsável pela guarda de Paulo e Silas o zeloso funcionário público foi profundamente tocado pelo testemunho dos missionários que, mesmo presos, oravam e cantavam ao Senhor. E, quan­do do terremoto que abalou os alicerces do cárcere, ele, tomado pelo medo, perguntou aos apóstolos: “Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?” (At 16.30).
Paulo e Silas foram precisos em sua resposta: “Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16.31). A decisão do carcereiro abrangeu sua esposa e filhos que, naquela mesma noite, foram batizados. Nesta lição, veremos de que forma poderemos evangelizar os filhos, o cônjuge incré­dulo e os vizinhos. O campo missionário começa em nossa casa.

I. EVANGELIZANDO OS FILHOS
Os pais não podem acompanhar os filhos por toda a vida, mas devemassegurar-se de que eles, mediante a educação que receberam, tomarão boas decisões e não se desviarão jamais da fé.
1. Por meio do culto doméstico.
Este é o momento em que toda a família reúne-se para louvar a Deus, conhecê-lo mais in­timamente e buscar a sua bênção. O culto doméstico deve ser diário e envolver a todos. Cada família marcará o horário mais apropriado.
As crianças que não sabem ler aprenderão ouvindo as histórias bíblicas e os cânticos. As maiores acompanharão a família na leitura alternada do texto sagrado. Durante o período de oração, que também deve contemplar a idade de cada filho, a esposa, ou o marido, apresentará pe­didos ao Senhor, agradecendo pelas bênçãos já recebidas.

2. Levando-os a igreja.
Os pais israelitas foram instruídos a fazer menção do Senhor aos filhos, narrar-lhes os feitos divinos em todas as ocasiões. Eles o faziam através de lembretes escritos, rituais e monumentos (Dt 6.6-9; Êx 12.25- 27; Js 4.5-7).
Em nossa casa, as Bíblias, os hi­nários e os livros cristãos devem es­tar sempre visíveis e ao alcance das crianças. É importante que também haja boa música evangélica e filmes bíblicos. Que o Evangelho seja visto, ouvido e vivido em nosso lar.
3. Levando-os à igreja.
Se ir à casa de Deus não fosse importante, Elcana não se daria ao trabalho de levar consigo Ana e Penina, com todos os seus filhos e filhas, ao local de adoração (l Sm 1.3,4). Sozinho, ele subiria a Silo mais rápido e facilmente. Entretanto, sabia que toda a sua família precisava participar do culto ao Senhor. O próprio Jesus, embora Deus, era conduzido regularmente por seus pais ao Santo Templo (Lc 2.22,41,42).
Levar os filhos à igreja nãé sim­plesmente acompanhá-los até a porta e deixa-los lá, para buscá-los mais tarde. Também nãé correto deixar o cônjuge e os filhos em casa e ir sozinho à igreja. Toda a família deve estar presente aos cultos e à Escola Dominical.
4. Tendo um viver cristão. 
As crian­ças observam atentamente se agimos conforme o que ensinamos, ou se que­bramos as regras por nós estabelecidas. Por isso, a melhor forma de ensinar-lhes a vida cristã é vivê-la cotidianamente.
A boa conduta do crente, em casa, é útil para instruir os filhos, bem como para evangelizar os vizinhos. A nossa postura íntegra, contrastando com o estilo de vida deste mundo, haverá de atraí-los a Jesus. A atitude de Isaque quando da disputa dos poços certamente foi um testemunho vivo de paciência e mansidão para todos em sua casa (Gn 26.18-22).
SÍNTESE DO TÓPICO l
Os pais são os responsáveis pela evangelização dos filhos

II – EVANGELIZANDO O CÔNJUGE

Em vez de abandonar o marido, ou a esposa, o cônjuge salvo deve procurar ganhá-lo para Cristo, con­forme orienta Paulo aos coríntios (l Co 7.12-14).
1. Trazendo a esposa a Cristo.
O marido crente ganhará a esposa para Cristo se agir conforme o modelo bí­blico, amando-a e coabitando com ela com entendimento.
a) Amando-a como Cristo amou a Igreja (Ef 5.25).
Jesus morreu por amor à igreja. Logo, o marido, à se­melhança de Cristo, deve colocar os interesses da esposa à frente dos seus, e cuidar dela física, emocional e espiritualmente. Esposa alguma achará difícil submeter-se à liderança de um homem que lhe dedique tanta honra e apreço.
b) Coabitando com entendimento (l Pé 3.7).
Como nova criatura, o espo­so agirá segundo o caráter de Cristo, revelando as qualidades do fruto do Espírito (Gl 5.22). Ao permitir que o Espírito Santo lhe governe as atitudes, o marido será um exemplo de excelência cristã à esposa, atraindo-a Jesus.
2. Trazendo o esposo a Cristo.
O grande desejo da mulher salva, cujo marido ainda está no mundo, é ganhá-lo para Cristo. O apóstolo Pedro mostra o passo a passo dessa tarefa (l Pé 3.1-6).
a) Sujeitando-se a ele (v. 1a,6a).
Ao submeter-se à autoridade do marido, “como Sara obedecia a Abraão”, a es­posa demonstra obediência a Deus. Sua atitude dócil, mas sábia e prudente, convencerá o marido de que servir a Jesus traz harmonia ao lar. Agindo assim, a mulher cristã saberá como aconselhar o esposo, afastando-o de atitudes erradas e desastrosas.
b) Pelo porte cristão (vv. 1,2).
O porte cristão da esposa será revelado em palavras brandas, bom humor, atos de bondade e decisões inteligentes. Com tais qualidades, ela atrairá o marido a um encontro pessoal com o Senhor Jesus.
c) Sem palavras (v. 1b).
A melhor pregação da esposa crente é a sua con­duta exemplar. Ela não irritará o esposo com falatórios e prédicas diárias; sua pregação sem palavras mostrará sua eficácia.
d) Pela beleza interior (vv. 3-5).
A esposa salva não deve descuidar de sua aparência. Sabe, porém, que o adorno capaz de conquistar o marido para Cristo é o “espírito manso e quieto”, que não se abala com as circunstâncias e vive em contentamento e gratidão.
SÍNTESE DO TÓPICO lI
O CRENTE PRECISA OBEDECER AOS PRINCIPIOS MORAIS ESTABELECIDOS POR DEUS.

lII – EVANGELIZANDO OS PARENTES
Os parentes também podem ser alcançados para Cristo pelo bom teste­munho e pela pregação do Evangelho.
1. Em tempos favoráveis.
Uma bênção recebida, ou uma data especial, é sempre um bom motivo para um culto em ações de graças no lar. Então, imitemos Cornélio, que, amando seus parentes e amigos, convidou-os à sua casa para ouvir o Evangelho através de Pedro (At 10.24).
2. Em tempos de crise.
O cerco à cidade de Jericó impeliu Raabe a reconhe­cer o Deus de Israel como o seu Senhor. Graças à firmeza de sua decisão, os seus pais, irmãos e outros parentes foram poupados da destruição (Js 6.23,24). Quando a família é assolada por doenças, morte ou escassez, o crente apontará Jesus como a única solução.

CONCLUSÃO
Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa”. Firmado nessa promessa, o novo convertido orará pela salvação de toda a sua família. E, através de seu testemunho, demonstrará o que o Evangelho fará na vida de quem recebe Jesus como o seu Salvador.
A família salva buscará sempre uma oportunidade para falar de Cristo aos seus parentes e vizinhos. Não nos esqueçamos, igualmente, do fortaleci­mento espiritual de nossa família através do culto doméstico, do ensino bíblico e da frequência regular aos trabalhos da Igreja. E dessa forma, ousemos afirmar como Josué: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *