ARA – Almeida Revista Atualizada
O livramento prometido ao povo de Israel
1 Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus.
2Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniqüidade está perdoada e que já recebeu em dobro das mãos do SENHOR por todos os seus pecados.
3¶ Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.
4Todo vale será aterrado, e nivelados, todos os montes e outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares escabrosos, aplanados.
5A glória do SENHOR se manifestará, e toda a carne a verá, pois a boca do SENHOR o disse.
6Uma voz diz: Clama; e alguém pergunta: Que hei de clamar? Toda a carne é erva, e toda a sua glória, como a flor da erva;
7seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do SENHOR. Na verdade, o povo é erva;
8seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente.
9¶ Tu, ó Sião, que anuncias boas-novas, sobe a um monte alto! Tu, que anuncias boas-novas a Jerusalém, ergue a tua voz fortemente; levanta-a, não temas e dize às cidades de Judá: Eis aí está o vosso Deus!
10Eis que o SENHOR Deus virá com poder, e o seu braço dominará; eis que o seu galardão está com ele, e diante dele, a sua recompensa.
11Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no seio; as que amamentam ele guiará mansamente.
12¶ Quem na concha de sua mão mediu as águas e tomou a medida dos céus a palmos? Quem recolheu na terça parte de um efa o pó da terra e pesou os montes em romana e os outeiros em balança de precisão?
13Quem guiou o Espírito do SENHOR? Ou, como seu conselheiro, o ensinou?
14Com quem tomou ele conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho de entendimento?
15Eis que as nações são consideradas por ele como um pingo que cai de um balde e como um grão de pó na balança; as ilhas são como pó fino que se levanta.
16Nem todo o Líbano basta para queimar, nem os seus animais, para um holocausto.
17Todas as nações são perante ele como coisa que não é nada; ele as considera menos do que nada, como um vácuo.
18¶ Com quem comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante confrontareis com ele?
19O artífice funde a imagem, e o ourives a cobre de ouro e cadeias de prata forja para ela.
20O sacerdote idólatra escolhe madeira que não se corrompe e busca um artífice perito para assentar uma imagem esculpida que não oscile.
21Acaso, não sabeis? Porventura, não ouvis? Não vos tem sido anunciado desde o princípio? Ou não atentastes para os fundamentos da terra?
22Ele é o que está assentado sobre a redondeza da terra, cujos moradores são como gafanhotos; é ele quem estende os céus como cortina e os desenrola como tenda para neles habitar;
23é ele quem reduz a nada os príncipes e torna em nulidade os juízes da terra.
24Mal foram plantados e semeados, mal se arraigou na terra o seu tronco, já se secam, quando um sopro passa por eles, e uma tempestade os leva como palha.
25A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? —diz o Santo.
26Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar.
27¶ Por que, pois, dizes, ó Jacó, e falas, ó Israel: O meu caminho está encoberto ao SENHOR, e o meu direito passa despercebido ao meu Deus?
28Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento.
29Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.
30Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem,
31mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.