A REALIDADE BÍBLICA DA SALVAÇÃO

Jovens 2° trimestre 2024

 
28 de Abril de 2024
 

TEXTO PRINCIPAL
“A saber: Se, com tua boca, confessares ao Senhor Jesus Cristo e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.” (Rm 10.9)

RESUMO DA LIÇÃO
A salvação é oferecida por Deus por intermédio do sacrifício de Jesus Cristo, seu Filho Unigênito.

LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Sl 68.20 Deus é o Deus da salvação
TERÇA – Rm 3.20 Pelas obras da Lei ninguém será justificado
QUARTA – Ef 2.8 A Graça de Deus na Salvação
QUINTA – Tt 2.11 A graça é para todos os homens
SEXTA – At 17.30 Deus quer que todos se arrependam
SÁBADO – Mt 1.21 Jesus salva dos pecados

OBJETIVOS
ENFATIZAR a necessidade da salvação;
CONSCIENTIZAR dos efeitos da salvação;
COMPREENDER que a salvação é para todos que desejam recebê-la.

INTERAÇÃO
Professor(a), na lição deste domingo estudaremos a respeito da realidade da salvação oferecida por Deus a todos os seres humanos. A Bíblia nos mostra a má notícia sobre a nossa condição, a de que somos pecadores e estamos afastados de Deus, entretanto ela também nos mostra uma boa notícia: Deus proveu, em Jesus Cristo, a salvação de que necessitamos para ser reconciliados com Ele. O apóstolo Paulo na sua Carta aos Romanos, revela que todos nós, independente de raça, cor, gênero ou classe social estamos na mesma condição: a de pecadores. Logo, necessitamos da mesma solução para a nossa justificação diante de Deus. Essa solução foi oferecida na cruz do Calvário mediante o sacrifício perfeito de Jesus Cristo.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), sugerimos que você converse com seus alunos explicando que “a obra salvífica de Cristo é a coluna central no templo da redenção divina. É o sustentáculo que carrega a maior parte do peso, sem o qual a estrutura jamais poderia ter sido completada. Podemos compará-la também ao eixo em torno do qual gira toda a atividade de Deus na revelação. É a obra que fornece uma cabeça ao corpo, um antítipo ao tipo, uma substância às sombras e purificações. Tais afirmações em nada diminuem a importância do que Deus fez em favor do seu povo, segundo a aliança do Antigo Testamento, e às nações em redor. Para os estudiosos das Escrituras, permanece sua incalculável relevância, refletindo o pensamento de Hebreus 1.1. Deus falou de modo infalível e relevante no passado, mas não pela última vez. Sua derradeira palavra só chegou com a vinda de seu Filho, e o registro dessa vinda aparece de forma infalível e definitiva nos 27 livros do cânon do Novo Testamento” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 19.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 335)-

TEXTO BÍBLICO
Romanos 3.21-31
21 Mas, agora, se manifestou, sem a lei, a justiça de Deus, tendo o testemunho da Lei e dos Profetas,
22 Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há diferença.
23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus,
24 Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus,
25 Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;
26 Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.
27 Onde está, logo, a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não! Mas pela lei da fé.
28 Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei.
29 É, porventura, Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente.
30 Se Deus é um só, que justifica, pela fé, a circuncisão e, por meio da fé, a incircuncisão.
31 Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes, estabelecemos a lei.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a respeito da realidade da salvação oferecida por Deus e a sua operação contra o pecado. Se por um Lado, a Bíblia nos mostra uma má notícia sobre a nossa condição, a de que somos pecadores e estamos afastados de Deus, por outro lado, ela nos mostra uma boa notícia nos Evangelhos, que Deus proveu, em Jesus Cristo, a salvação de que necessitamos para sermos reconciliados com Ele.

 

I – A NECESSIDADE DA SALVAÇÃO

1. O que é a salvação. Ao longo das Escrituras, Deus se manifestou trazendo livramentos para o seu povo quando esse se encontrava em situação de perigo, Deus os livrou da escravidão egípcia, deu-lhes uma terra e diversas vezes operou livramentos de forma milagrosa para os hebreus. O salmista, agradecido e respeitoso diante das diversas batalhas pelas quais havia passado e recebido livramentos, comenta: “O nosso Deus é o Deus da Salvação […]” (Sl 68,20). No Antigo Testamento, duas palavras se destacam para mostrar a ideia de salvação: natsal, que significa livrar ou libertar, e yasha, que traz a ideia de conceder vitória ou ajudar. A palavra “salvação” designa o ato de trazer livramento, de colocar numa posição protegida, de livrar da morte. No Antigo Testamento, Deus é visto como trazendo salvação ao seu povo, entretanto, o seu objetivo sempre foi demonstrar o seu poder para salvação dos pecados e conciliar com sigo a humanidade. É Ele que começa o plano dessa salvação, anunciando aos profetas o nascimento do Messias, e quando chega o momento, Ele inicia o plano da Salvação com o nascimento de Jesus Cristo (Mt 1.21)
2. A Origem da Salvação. A salvação tem sua origem no próprio Deus. Foi Ele que planejou todo o cenário pelo qual ela aconteceria, e uma das coisas que precisamos entender é que o homem não pode salvar a si mesmo. A “moeda de troca” proposta pela humanidade para tentar se chegar a Deus são as obras, mas estas são insuficiências (Rm 3.20). O pecado é uma realidade da qual a humanidade não pode se desvencilhar. e pelo fato de o pecado ofender a Deus, Ele estabeleceu os critérios pelos quais a humanidade pode ser reconciliada com Ele, ainda que pertença a uma sociedade altamente desenvolvida. Em sua sabedoria e justiça, o Senhor nos deu a sua graça, que iguala a todos os homens (Rm 11.32). É desconcertante para o ser humano orgulhoso deparar-se com o fato de que não pode salvar a si mesmo, mas isso não muda a realidade da mecânica da salvação.
3. O meio pelo qual provém a salvação. Como vimos, a salvação de que o homem necessita por causa de seus pecados não pode ser conseguida pelas obras. Essas estão contaminadas. E que meio Deus escolheu para trazer essa salvação? A graça divina (Ef 2.8,9). A graça é o caminho apresentado para todos, e isso contradiz a insuficiência das obras. Essas são tão falhas que o apóstolo nos aponta um perigo acerca do orgulho e das obras: ambos andam juntos. É natural que estejamos satisfeitos com nossas boas ações, e nisso não há nenhuma condenação. Quando somos aprovados em uma avaliação, quando tomamos decisões acertadas ou quando realizamos algo que traz orgulho e alegria para a família ou o ambiente que nos cerca, o sentimento natural é que sintamos orgulho pelo que fizemos. Ocorre que podemos nos tornar orgulhosos de nossas vitórias, a ponto de imaginar que nos bastamos para todas as coisas. As obras, portanto, não têm a capacidade de nos salvar. Somente a fé em Cristo pode fazer isso.

SUBSÍDIO 1
Professor(a), inicie o primeiro tópico da lição ressaltando a necessidade de salvação da humanidade. Explique que a salvação não pode ser alcançada pelas obras. Em seguida, faça a seguinte pergunta: “Qual o meio que Deus escolheu para trazer essa salvação?” Incentive a participação de todos os alunos e ouça as respostas com atenção. O objetivo é levar os alunos a reflexão, Em seguida, diga que o meio é a graça divina (Ef 2.8. 9). Ninguém pode obter a salvação mediante as obras. Enfatiza que a graça é para todos. As obras, não tem a capacidade de nos salvar. Somente a fé em Cristo pode fazer isso. O texto de Romanos é bem enfático quando afirma: “Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia” (Rm 11.32)

 

II- OS EFEITOS DA SALVAÇÃO

1. Regeneração. Ser regenerado é nascer novamente (Jo 3.3). Essa ação é realizada pelo Espírito Santo quando a pessoa se arrepende e confessa a Jesus com o seu Salvador e Senhor, crendo em seu sacrifício. É algo que está além da imaginação humana, pois o homem não pode mudar a si mesmo. Seu estado pecaminoso não o impede de ouvir o Evangelho e de entendê-lo, mas o intelecto sem o arrependimento é insuficiente para fazer do homem uma nova criatura. Ele precisa crerem Jesus (Jo 1.12,13).
2. Justificação e adoção. A Justificação é o ato vindo de Deus, em que há o reconhecimento de que fomos absolvidos de nossos pecados, e, portanto, não há pendências nossas junto a Deus. Tal fato se dá porque o sacrifício que a nós estava atribuído por causa dos nossos pecados, o Senhor Jesus Cristo já o fez. E, sendo esse sacrifício perfeito, estamos livres das acusações que nos eram contrárias (Rm 5.1). Ser considerado justo implica também ter paz com Deus. 

3. Santificação. A santificação não é a adoção de uma vida isolada da coletividade, com o se o afastamento para com outras pessoas nos tornasse santos. Ser santo é afastar-se do pecado para uma dedicação exclusiva para Deus. É certo que a santificação exige de nós ações que estejam compatíveis com a nossa nova posição. Ao novo homem , nascido de novo, foi dada uma chance de ser diferente, e essa diferença começa com a santificação.

SUBSÍDIO 2
Professor(a) o segundo tópico da lição vai tratar dos efeitos da salvação: regeneração, justificação e santificação. Sugerimos que você inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “O que é a regeneração?” Explique que a regeneração é a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual Ele cria de novo a natureza interior, O substantivo grego (palingenesia) traduzido por ‘regeneração’ aparece apenas duas vezes no Novo Testamento. Mateus 19,28 emprega-o com referência aos tempos do fim. Somente em Tito 3.5 se refere à renovação espiritual do indivíduo. Embora o Antigo Testamento tenha em vista a nação de Israel, a Bíblia emprega várias figuras de linguagem para descrever o que aconteceu. O Novo Testamento apresenta a figura do ser criado de novo (2 Co 5.17) e a devoção (Tt 3.5), porém a mais comum é a de ‘nascer’ (Jo 3.3). Pedro declara que Deus, em sua grande misericórdia, ‘nos gerou de novo para uma viva esperança’ (1 Pe 1.3). É uma obra que somente Deus realiza. Nascer de novo diz respeito a uma transformação radical. A regeneração é o início do nosso crescimento no conhecimento de Deus, na nossa experiência de Cristo e do Espírito no nosso caráter moral,” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1996. p. 371)

PROFESSOR(A), “a decisão de abandonar o pecado e querer a salvação em Cristo importa em aceitar a Cristo não somente como Salvador da penalidade do pecado, mas também como Senhor da nossa vida. Por conseguinte, o arrependimento envolve uma troca de senhores: do senhorio de Satanás (Ef 2,2) para 0 senhorio de Cristo e da sua Palavra (At 26.18). A pregação do arrependimento sempre deve acompanhar a mensagem do Evangelho (Lc 24,47)’’ (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 959)

 

III- A SALVAÇÃO PARA TODOS

1. Uma tão grande salvação. A Palavra de Deus nos mostra que “a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11). Quando Deus planejou a salvação , Ele objetivou salvar a todos (At 17.30). A Palavra de Deus, portanto, deixa claro que a salvação é oferecida para todos, mesmo que nem todos aceitem o Evangelho. A expressão “todos” não é reducionista nem restritiva. Portanto, a morte de Cristo tem o poder de salvar a todos os homens, desde que se arrependam de seus pecados nesta vida e recebam a salvação pela fé em Jesus.
2. A presciência de Deus e a salvação. Um dos atributos de Deus é a presciência, ou seja, a capacidade divina de saber o que há de acontecer no futuro. Por meio de sua presciência, Deus sabe quem há de responder à mensagem do Evangelho, mas isso não significa que foi Deus que escolheu quem será salvo e quem não será. Deus não restringe a sua salvação a um grupo isolado de pessoas escolhidas por um critério misterioso, deixando de fora da salvação outras pessoas, mas simplesmente porque Ele assim o quis. Aliás, Ele deixou bem claro que os critérios da salvação são o arrependimento e a fé no sacrifício do seu Filho, Jesus (Mc 1.15). Presciência é uma característica do intelecto divino e não traz consigo uma ação que inclui ou exclui pessoas.
3. A resposta humana à salvação. Se, por um lado, a salvação é para todos, por outro lado, é preciso que o ser humano corresponda ao chamado de Deus. Os atos de confessar e crer são impulsionados pelo Espírito, mas são ações meramente humanas. Somos chamados a tratar a nossa salvação com zelo, pois ela custou o sangue do Senhor Jesus Cristo. Não podemos viver uma vida de pecados, resistindo ao Espírito Santo e nos afastando, como consequência, da fé que uma vez nos foi dada.

SUBSÍDIO 3
Professor(a). sugerimos que você inicie o tópico com uma pergunta: “O que é graça?” Trabalhe para que seus alunos possam interagir mais nas aulas. A interação se dá por meio de perguntas, tornando sua aula mais dinâmica. Explique que graça significa “favor imerecido concedido por Deus à raça humana”. Através da graça, o homem é capacitado a compreender, aceitar e a usufruir, imediatamente, dos benefícios do Plano de Salvação (Ef 2.8.9). O objetivo da graça é duplo: 1) Salvar o homem do pecado; e 2) Restringe a ação deste, levando o homem a viver nas regiões celestiais em Cristo Jesus. A graça, segundo ensina o apóstolo Paulo, é operada mediante a fé,” (Adaptado de Dicionário Teológico. 13 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004. p 203.)

CONCLUSÃO
A salvação é ofertada por Deus a todos os homens, de forma indistinta, ainda que nem todos a queiram. Ela nos foi dada por Deus por um ato da sua graça, pois as obras não têm o poder de nos salvar de nossos pecados. E a salvação faz de nós pessoas nascidas novamente, justificadas e santas para a glória de Deus.

HORA DA REVISÃO
1. Quais são as duas palavras do Antigo Testamento que mostram a ideia de salvação?

No Antigo Testamento, duas palavras se destacam para mostrar a ideia de salvação: natsat, que significa livrar ou libertar, eyasha, que traz a ideia de conceder vitória ou ajudar.

 

2. Qual o significado da palavra “salvação”?

 A palavra “salvação” designa o ato de trazer livramento, de colocar numa posição protegida, de livrar da morte

 

3. Qual a origem da salvação? 

A salvação tem sua origem no próprio Deus.

 

4. Cite, conforme a lição, os efeitos da salvação.

 Regeneração, justificação e santificação.

 

5. O que é a presciência divina? 
É a capacidade divina de saber o que há de acontecer no futuro. Por meio de sua presciência. Deus sabe quem há de responder à mensagem do Evangelho, mas isso não significa que foi Deus que escolheu quem será salvo e quem não será.

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