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AS HERESIA QUE NEGA O ADVENTO DO PECADO
1. O Pelagianismo
O Pelagianismo é a heresia mais antiga na história da igreja no tocante à pecaminosidade do gênero humano. O nome vem de Pelágio, monge erudito britânico (360-420) que se transferiu para Roma em 409. Foi contemporâneo de Agostinho de Hipona (354-430).
a) Conteúdo doutrinário
A princípio, sua doutrina teve acolhida popular e não era considerada herética porque parecia se tratar de um assunto meramente ético e não teológico. A controvérsia não foi desencadeada com o próprio Pelágio, mas com Celéstio, jurista romano de origem britânica, um dos principais porta-vozes das ideias pelagianas. A fonte da doutrina pelagiana são os escritos dos seus oponentes, pois não existem registros diretos de Pelágio.
O que se sabe, com certeza, sobre sua teologia resume-se nisto:
- O ser humano não nasce em pecado;
- A transgressão de Adão não afeta diretamente os outros;
- Não existe pecado original;
- Não existe a corrupção geral do gênero humano.
Esses são alguns pontos do pensamento deles. O Pelagianismo foi condenado no Concílio de Éfeso em 431.
b) Resposta bíblica
O Pecado Original é aquele que veio da Queda de Adão. A Bíblia afirma que a transgressão de Adão levou toda a humanidade ao pecado e isso é uma verdade bíblica:
- "Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram" (Rm 5.12).
- "No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão" (Rm 5.14).
- "Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe" (Sl 51.5).
- "Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, contusões e chagas podres" (Is 1.5-6).
- "Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer" (Rm 3.10-12).
A corrupção do gênero humano é um fato incontestável revelado nas Escrituras e confirmado na própria experiência humana.
2. O Semipelagianismo
O Semipelagianismo surgiu como uma tentativa de conciliar o Pelagianismo com a doutrina da graça. Embora admitisse a necessidade da graça divina, afirmava que o homem poderia dar o primeiro passo em direção a Deus sem a ajuda do Espírito Santo. Essa doutrina foi defendida por João Cassiano e seus seguidores.
a) Conteúdo doutrinário
- O ser humano nasce com a capacidade de buscar a Deus sem a necessidade da graça inicial;
- O pecado de Adão não corrompeu totalmente a humanidade;
- A graça de Deus é necessária, mas somente depois que o homem toma a iniciativa de buscar a salvação.
O Semipelagianismo foi condenado no Concílio de Orange, em 529.
b) Resposta bíblica
A Bíblia ensina que o ser humano está morto espiritualmente devido ao pecado e não pode buscar a Deus por conta própria:
- "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer" (Jo 6.44).
- "Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo" (Ef 2.5).
- "O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1 Co 2.14).
3. O Socinianismo
O Socinianismo surgiu no século XVI com Fausto Socino e seus seguidores. Essa doutrina rejeita a Trindade e a divindade de Cristo, além de negar o Pecado Original.
a) Conteúdo doutrinário
- O pecado de Adão afetou apenas a ele e não a humanidade;
- O homem nasce moralmente neutro e pode escolher entre o bem e o mal sem a necessidade da graça divina;
- A morte de Cristo foi apenas um exemplo moral e não uma expiação pelos pecados.
Essa doutrina influenciou o Unitarismo moderno.
b) Resposta bíblica
A Bíblia ensina claramente que:
- "Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.23).
- "Não há quem faça o bem, não há nem um só" (Rm 3.12).
- "Se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus" (Jo 3.3).
4. O Liberalismo Teológico
O Liberalismo Teológico, surgido no século XIX, nega a doutrina do pecado original e interpreta a Bíblia de forma alegórica, rejeitando muitos de seus ensinamentos fundamentais.
a) Conteúdo doutrinário
- O pecado é um conceito relativo, e não uma ofensa contra Deus;
- O ser humano não nasce pecador, mas é influenciado pelo ambiente;
- A redenção de Cristo não é necessária para a salvação, pois o homem pode alcançar a moralidade por si mesmo.
b) Resposta bíblica
A Bíblia ensina que a salvação vem exclusivamente pela graça de Deus:
- "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8-9).
- "Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós" (1 Jo 1.8).
5. O Universalismo
O Universalismo ensina que todos os seres humanos serão salvos, independentemente da fé ou das obras. Essa doutrina rejeita a doutrina do pecado e da condenação eterna.
a) Conteúdo doutrinário
- Deus salvará a todos no final;
- O pecado não tem consequências eternas;
- O inferno não existe, ou é apenas temporário.
b) Resposta bíblica
A Bíblia ensina claramente que há uma separação eterna entre salvos e condenados:
- "E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna" (Mt 25.46).
- "Quem nele crê não é condenado; mas quem não crê já está condenado" (Jo 3.18).
Conclusão
As heresias que negam o advento do pecado surgiram ao longo da história como tentativas de reinterpretar a condição humana sem a necessidade da graça divina. Desde o Pelagianismo até o Universalismo, todas essas doutrinas contrariam o ensino bíblico sobre a depravação total do homem e a necessidade da redenção em Cristo.
A Palavra de Deus nos alerta contra esses falsos ensinamentos:
- "Mas ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema" (Gl 1.8).
Portanto, devemos permanecer firmes na doutrina bíblica, confiando que somente em Cristo temos salvação e redenção.
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