37. Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros.
Você já se perguntou por que há tão poucos trabalhadores na obra de Deus? Por que tantas pessoas se dizem cristãs, mas não se envolvem com a missão de levar o evangelho a todos os povos? Por que há tantas igrejas, mas tão poucos frutos?
A resposta pode estar na parábola dos trabalhadores da vinha, contada por Jesus em Mateus 20.1-16. Nessa história, um proprietário de terras sai de manhã cedo para contratar trabalhadores para a sua vinha. Ele combina com eles o salário de um denário por dia e os envia para o trabalho. Ao longo do dia, ele volta à praça e contrata mais trabalhadores, prometendo-lhes o que fosse justo. No final do dia, ele paga a todos o mesmo salário, começando pelos últimos contratados. Os primeiros, que trabalharam o dia inteiro, se queixam da injustiça do dono da vinha, mas ele responde: “Amigo, não estou sendo injusto. Você não concordou em trabalhar por um denário? Tome o que é seu e vá. Eu quero dar ao que foi contratado por último o mesmo que lhe dei. Não tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro? Ou você está com inveja porque sou generoso?” (Mateus 20.13-15).
Essa parábola nos ensina algumas lições sobre o reino de Deus e os seus trabalhadores:
– A primeira é que Deus é soberano e gracioso. Ele chama quem ele quer, quando ele quer e como ele quer. Ele não faz acepção de pessoas nem de tempo de serviço. Ele recompensa a todos com a mesma generosidade, que é a salvação pela graça mediante a fé em Jesus Cristo. Ninguém pode reclamar de Deus nem exigir dele algo que não merece.
– A segunda é que Deus tem urgência em salvar os perdidos. Ele sai várias vezes ao encontro dos desocupados e os convida para a sua vinha. Ele não quer que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento (2 Pedro 3.9). Ele sabe que o tempo é curto e que a colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos (Mateus 9.37).
– A terceira é que Deus espera fidelidade e obediência dos seus trabalhadores. Ele não pede que eles façam mais do que podem, mas que façam o que ele mandou. Ele não avalia o resultado, mas o esforço. Ele não cobra produtividade, mas compromisso. Ele não quer que eles se comparem uns com os outros, mas que se alegrem com a sua bondade.
Portanto, se você é um dos poucos ceifeiros chamados para a grande seara, não se desanime nem se orgulhe. Não olhe para os outros, mas para Deus. Não busque recompensas humanas, mas celestiais. Não trabalhe por obrigação, mas por amor. E lembre-se: “Assim também vocês, quando fizerem tudo o que lhes for ordenado, devem dizer: ‘Somos servos inúteis; apenas cumprimos o nosso dever'” (Lucas 17.10).