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Hazor: A Cidade de Jabim, Rei de Hazor | Ivaldo Fernandes

Hazor foi uma das cidades mais importantes da antiguidade, conhecida na Bíblia como a cidade de Jabim, rei de Hazor. Localizava-se a aproximadamente 6 km a sudoeste das “águas de Merom”, situada sobre um enorme montículo de cerca de 80 hectares. Sua localização estratégica no cruzamento de duas rotas comerciais internacionais fez com que Hazor dominasse toda a região setentrional dos cananeus, ganhando o título de “a cabeça de todos” esses reinos (Js 11:10).

Destruição e Reconstrução

Segundo o relato bíblico, Josué destruiu Hazor durante a conquista de Canaã. Porém, muitos séculos depois, o rei Salomão a reconstruiu, junto com outras cidades estratégicas como Megido e Gezer (1Rs 9:15). A importância da cidade continuou, mas em 733 a.C., o rei assírio Tiglate-Pileser III novamente a destruiu, consolidando o domínio assírio sobre a região.

Pesquisas e Escavações Arqueológicas

A partir de 1928, o arqueólogo Garstang realizou os primeiros trabalhos de reconhecimento no local, conhecido hoje como Tell el-Qedah. Ele sugeriu que Josué teria destruído Hazor por volta de 1400 a.C., mas suas inspeções foram breves e inconclusivas.

Em 1955, o professor Yigael Yadin iniciou escavações mais sistemáticas, apoiado pelo financista James A. de Rothschild. Durante anos, uma equipe de até duzentos trabalhadores, incluindo arqueólogos, arquitetos e fotógrafos, explorou a área. As escavações focaram em duas partes principais: a cidadela e a grande meseta ao seu pé.

A Cidadela e a Meseta

A cidadela de Hazor tem cerca de 37 metros de altura e cobre uma área de 10 hectares. Ao norte da cidadela, estende-se uma meseta retangular de aproximadamente 71 hectares, que servia tanto para acampamentos quanto para habitação. Toda a cidade foi protegida por grandes muros e baluartes feitos de terra compactada, demonstrando uma fortificação sólida.

Durante as escavações, foram encontrados até dez níveis de construção, indicando que templos e cidadelas foram erguidos sucessivamente sobre as ruínas anteriores.

Descobertas Significativas

No nível atribuído à época de Salomão, Yadin encontrou uma porta esplêndida, semelhante às portas descobertas em Megido e Gezer, sugerindo que todas tenham sido projetadas pelo mesmo arquiteto real.

Na cidadela, o assentamento israelita ficou restrito a uma área menor de 10 hectares. Na meseta inferior, os arqueólogos descobriram um templo cananeu de 17 por 24 metros. No lugar santíssimo do templo, foram encontrados móveis rituais, utensílios e quatro estatuetas de bronze, além de selos cilíndricos e um selo de escaravelho egípcio que pertencia ao faraó Amenófis III (1413-1376 a.C.).

A Destruição Assíria

A destruição final de Hazor, feita por Tiglate-Pileser III, é claramente visível nas camadas arqueológicas, com muitas cinzas e fragmentos carbonizados. O fato de inúmeras vasilhas terem sido encontradas intactas sugere que a destruição ocorreu de forma repentina.

Considerações do Arqueólogo Yadin

Yadin afirmou que o uso simultâneo da Bíblia como guia e das ferramentas arqueológicas foi essencial para desvendar os mistérios da cidade. Ele disse: “Ter a Bíblia em uma mão e a pá na outra pareceu ser o método mais eficaz para descobrir as relíquias dessa cidade bíblica”.

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Cidades Bíblicas Antigas

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