Gólgota, do aramaico, e Calvário, do latim, significam “lugar da caveira”. Foi neste local que ocorreu a crucificação de Jesus Cristo (Mateus 27:33; Lucas 23:33). O nome pode ter sido atribuído devido à presença de esqueletos no local de execuções públicas ou por sua semelhança geográfica com uma caveira. A localização exata, no entanto, permanece um mistério até hoje.
No ano 70 d.C., Jerusalém foi completamente destruída pelo general Tito. Durante cerca de 60 anos, a cidade permaneceu em ruínas. Os poucos cristãos que retornaram após esse período eram jovens demais para reconhecer o local exato do Gólgota, tornando a identificação do local da crucificação de Jesus extremamente difícil.
As Escrituras indicam que o Calvário ficava fora dos muros da antiga Jerusalém, em um ponto visível e próximo a uma das portas da cidade (João 19:20). Também se sabe que o túmulo de Jesus estava em um horto próximo ao local da crucificação (João 19:41).
Um dos locais mais venerados como sendo o verdadeiro Calvário é o interior da Igreja do Santo Sepulcro, construída no século IV d.C. após uma expedição liderada por Helena, mãe do imperador Constantino. Supostamente, ela encontrou o túmulo de Cristo e três cruzes, o que reforçou a crença no local como sendo o verdadeiro túmulo de Jesus.
A Igreja do Santo Sepulcro foi construída em 335 d.C., destruída em 614, reconstruída, destruída novamente em 1010 e finalmente restaurada em 1810. Atualmente, abriga diversas denominações cristãs (católicos, ortodoxos, coptas, jacobitas), sendo considerada o principal local de peregrinação cristã no mundo.
Uma segunda opção é o Calvário de Gordon e o Túmulo do Jardim, descobertos em 1842 por Otto Thenius e promovidos por Charles Gordon, o “Lawrence da Arábia”. Situado fora da Porta de Damasco, este local apresenta uma colina com formato de caveira natural, cavernas para os olhos e boca, e uma tumba vazia em um antigo jardim.
A simplicidade do Túmulo do Jardim, livre de decorações e adorações formais, atrai muitos cristãos protestantes. Ali, celebrações memoráveis de Páscoa são realizadas, e muitos sentem a emoção ao ouvir:
“Venham ver o lugar onde ele jazia” (Mateus 28:6).
Diversas escavações arqueológicas tentam traçar o antigo muro norte da Jerusalém de Herodes, a fim de confirmar se o atual Santo Sepulcro ficava dentro ou fora dos muros da cidade na época de Cristo. O resultado pode definir qual dos dois locais é o verdadeiro Gólgota bíblico.
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