Gibeom, identificada atualmente como el-Jib, está localizada a cerca de 13 km a noroeste de Jerusalém. Era uma cidade cananeia importante durante o período da conquista de Canaã. Os habitantes de Gibeom, temendo serem destruídos como Jericó e Ai, arquitetaram um plano para enganar Josué e os líderes israelitas, fingindo que vinham de uma terra distante. O objetivo era garantir um acordo de paz com Israel, o que conseguiram (Josué 9:3-27).
Os gibeonitas apresentaram-se com roupas gastas e pão bolorento, e conseguiram enganar Josué e os príncipes de Israel, que, sem consultar a Deus, fizeram um pacto com eles. Quando a fraude foi descoberta, os israelitas mantiveram o acordo, mas impuseram que os gibeonitas seriam servos no templo do Senhor, como rachadores de lenha e tiradores de água. A fidelidade ao juramento, mesmo obtido por meio de engano, mostra o valor que Israel dava à palavra dada em nome do Senhor.
Gibeom tornou-se palco de conflitos históricos, como a batalha entre os soldados de Abner e Joabe “junto ao açude de Gibeom” (2Sm 2:12-17), episódio que resultou na morte de Asael e acirrou ainda mais a rivalidade entre as casas de Saul e Davi.
Após a destruição de Nobe, o Tabernáculo do Senhor foi transferido para Gibeom, onde permaneceu até a construção do Templo em Jerusalém (1Cr 21:29; 2Cr 1:3). Foi ali, em Gibeom, que Salomão ofereceu mil holocaustos e teve uma visão divina em sonho, onde escolheu sabedoria ao invés de riquezas e poder (1Rs 3:5-14).
Nos anos 1956 e 1957, o arqueólogo Dr. James B. Pritchard realizou escavações importantes em el-Jib, confirmando a localização de Gibeom. Uma das descobertas mais impressionantes foi um tanque escavado na rocha, com 11 metros de diâmetro e 10 de profundidade, acessado por uma escada em espiral.
No fundo do tanque, os degraus seguiam por um túnel que levava a um manancial subterrâneo, fonte essencial de água para os habitantes. Essa impressionante obra de engenharia pode ter sido o local onde ocorreu o confronto entre os homens de Joabe e Abner.
Durante as escavações, foram encontrados 27 fragmentos de asas de jarras com o nome “Gibeom” gravado em hebraico, além de nomes como Amarias, Azarias e Hananias, ligados a personagens bíblicos. Isso confirma a autenticidade da ocupação israelita no local.
Gibeom é mencionada em diversos textos bíblicos:
Josué 9:3, 10:1, 11:19; 2Sm 2:12; 1Rs 3:5; Jr 28:1, entre outros.
A cidade ilustra lições sobre aliança, perdão, engano e fidelidade, e sua importância religiosa durante a monarquia mostra como Gibeom foi um centro de culto e decisões significativas na história de Israel.
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