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Ecbatana: A Capital dos Medos | Ivaldo Fernandes

Ecbatana, hoje conhecida como Hamadã, foi originalmente a capital dos medos, um povo iraniano que dominou a região antes da ascensão do Império Persa. Essa cidade antiga desempenhou papel central na história do Oriente Médio antigo, sendo uma das primeiras grandes capitais do império dos medos. Sua localização estratégica e riqueza fizeram dela um centro político e cultural importante na antiguidade.

Ecbatana na Era Persa: Ciro, o Grande

Mais tarde, Ecbatana tornou-se a capital suméria do poderoso Ciro, o Grande, fundador do Império Persa Aquemênida. Segundo o livro de Esdras (6:2), o rolo original do decreto de Ciro, autorizando a libertação dos judeus e a reconstrução do templo em Jerusalém, não foi encontrado nos arquivos da Babilônia, como se esperava. Porém, esse importante documento foi descoberto mais tarde no palácio de Ecbatana. Isso ocorreu porque Dario, o Medo (também chamado Gobrias), general de alta patente no exército de Ciro e por algum tempo rei da Babilônia, levou o decreto consigo ao retornar para sua cidade natal, depositando-o nos arquivos do palácio.

A Lenda dos Sete Muros Coloridos

Escritores antigos narram que Ecbatana tinha sete muros concêntricos, cada um pintado de uma cor diferente. O muro interno, o mais sagrado, teria sido revestido em ouro, refletindo a riqueza e o poder da cidade. Esta descrição lendária pode ter inspirado outras cidades muradas da antiguidade, como Babilônia com seus famosos muros e jardins. A rainha assíria Semíramis teria construído um magnífico palácio em Ecbatana por volta de 800 a.C., consolidando sua importância política e cultural.

A Riqueza de Ecbatana e as Conquistas de Ciro

Em 546 a.C., Ciro conquistou o reino da Lídia e trouxe seu rei, Creso, e suas riquezas para Ecbatana. Essa riqueza reforçou o status da cidade como centro administrativo e palácio real da Pérsia. A moderna cidade de Hamadã está construída sobre as ruínas da antiga Ecbatana, o que torna as escavações arqueológicas extremamente difíceis, pois a camada moderna cobre e protege os vestígios antigos.

Descobertas Arqueológicas em Ecbatana

Apesar das dificuldades, foram encontradas descobertas importantes, incluindo objetos de ouro e prata e uma intrigante cabeça de boi com chifres em forma de lança, adornada com um leão em relevo, datada de aproximadamente 1200 a.C. Essa peça está no Museu Britânico e é um testemunho da arte e da religiosidade daquela época. Também foi encontrada uma inscrição trilíngue (persa, elamita e babilônico) atribuída a Artaxerxes Mnemon, rei da Pérsia entre 405 e 362 a.C.

A Inscrição de Behistum

Cerca de 128 km a oeste de Ecbatana fica Behistum, onde está a famosa inscrição de Behistum — o maior letreiro ao ar livre já conhecido, retratando Dario, o Grande, recebendo homenagens de dez reis conquistados. Essa gravura é acompanhada por uma inscrição trilíngue que narra detalhadamente a história dessas conquistas, sendo um dos documentos mais importantes para o estudo do Império Persa e sua administração.

Conclusão

Ecbatana foi uma cidade de imensa importância histórica e política, desde sua origem como capital dos medos até seu papel como sede do poder persa. As descobertas arqueológicas, embora limitadas, revelam uma cidade rica e culturalmente influente, com conexões diretas com eventos bíblicos e imperiais. A cidade antiga de Ecbatana, sob a moderna Hamadã, permanece um símbolo da grandiosidade e complexidade do Oriente Médio antigo.

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Cidades Bíblicas Antigas

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