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Damasco: A Pérola do Oriente | Ivaldo Fernandes

Damasco é considerada a cidade habitada continuamente mais antiga do mundo, com uma história que remonta à época de Uz, neto de Noé. Durante milênios, foi a cidade mais importante da Síria e a metrópole dos povos do deserto, graças à sua localização privilegiada em uma planície fértil de 24.000 hectares, situada a 689 metros acima do nível do mar.

Rios e Fertilidade da Região

O oásis fértil de Damasco é sustentado por dois rios famosos na Bíblia: o Farfar e o Abana. O Abana, hoje chamado Barada, se divide em sete braços que se espalham por riachos menores, abastecendo casas, jardins e vinhedos de cerca de 400 mil habitantes. Esses riachos desaparecem no deserto a aproximadamente 29 km para o leste. O Farfar, atual rio Ava, nasce nas colinas do monte Hermom e irrigava os hortos ao sul da cidade.

Ruínas Antigas e Lugares Bíblicos

Ainda é possível encontrar em Damasco ruínas de muros e portas antigos, alguns datando da época romana. Dois locais disputam a fama de terem a janela pela qual o apóstolo Paulo foi descido numa cesta para fugir da perseguição (2Co 11:33), embora as estruturas atuais provavelmente não sejam daquele tempo.

A principal rua da cidade, chamada Direita, começava na porta Oriental e seguia em linha reta até o centro, com aproximadamente 1,5 km de comprimento e quase 30 metros de largura. Embora hoje esteja alterada, a rua ainda revela um comércio vibrante nos bazares cobertos, que conservam a atmosfera típica oriental.

A Grande Mesquita: Símbolo da História Religiosa

O monumento mais famoso de Damasco é a Grande Mesquita, um dos edifícios mais antigos e sagrados do mundo islâmico, superado apenas por mesquitas em Meca, Medina e Jerusalém. Ela simboliza três períodos e religiões: paganismo, cristianismo e islamismo.

A base do edifício é um templo greco-romano, possivelmente o templo de Rimom (Hadade), mencionado na Bíblia (2Rs 5:17-18). Esse templo foi dedicado a Júpiter durante o domínio romano. Com a conversão de Constantino ao cristianismo no século IV, o templo foi transformado numa igreja dedicada a João Batista.

Quando os muçulmanos conquistaram Damasco em 634 d.C., a igreja foi remodelada na suntuosa mesquita que conhecemos hoje. A estrutura atual tem formato quadrangular (146 x 99 m), com muros robustos, uma cúpula esplêndida, três torres altas e múltiplos minaretes.

Minarete de Jesus e Inscrições

Um dos minaretes mais conhecidos é chamado de “Minarete de Jesus”, pois, segundo a tradição islâmica, Jesus reaparecerá ali no dia do Juízo Final. Na porta sul da mesquita, existe uma inscrição em grego que diz: “Teu reino, ó Cristo, é um reino eterno”, um testemunho da complexa herança religiosa de Damasco.

Damasco na Bíblia

Damasco aparece diversas vezes nas Escrituras, desde Gênesis até o Novo Testamento, como cidade estratégica e centro político. Foi palco da conversão de Paulo (Atos 9) e tem sido um símbolo da antiguidade, cultura e espiritualidade do Oriente Médio.

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Cidades Bíblicas Antigas

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