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Corinto: Uma Cidade de Orgulho e Poder | Ivaldo Fernandes

Corinto foi uma das cidades mais orgulhosas, ricas e moralmente decadentes do mundo antigo. Situada numa estreita faixa de terra com apenas 6 km de largura, que ligava o sul do Peloponeso à Grécia continental, Corinto era estrategicamente posicionada para dominar o comércio da região. Seu sucesso vinha não só da localização privilegiada na rota norte-sul, mas também por possuir dois importantes portos: Cencréia, a leste, e Lechaeum, a oeste. Essa localização fez de Corinto uma verdadeira “encruzilhada dos caminhos”, onde mercadores, viajantes e riquezas circulavam constantemente.

Terra Fértil e Influência Religiosa

Nos arredores da cidade, as terras férteis davam vida a extensos olivais, vinhedos, tamareiras e outras árvores frutíferas, sustentando economicamente a população. Ao sul, a Acrocorinto, uma colina de 152 metros de altura, dominava a paisagem urbana. No topo, situava-se o templo dedicado a Afrodite, a deusa do amor e da fertilidade, cuja influência era grande na vida social e religiosa da cidade. O culto a Afrodite, conhecido como Astarte em outras culturas, incentivava práticas imorais que marcaram a fama negativa de Corinto na antiguidade.

Reconstrução Romana e a Era de Júlio César

Após a destruição da cidade em 146 a.C. pelo general romano Múmio, que enviou inúmeras obras de arte para Roma, Corinto foi reconstruída em 46 a.C. por Júlio César. Ele dotou a cidade com ruas largas, praças de mercado, templos, teatros, estátuas e fontes. O rostra, um santuário de mármore branco e azul, tornou-se o local onde se pronunciavam discursos e sentenças, reforçando o papel político da cidade.

Paulo em Corinto e a Fundação da Igreja

Por volta do ano 52 d.C., o apóstolo Paulo chegou a Corinto e permaneceu lá por cerca de um ano e meio, trabalhando como fabricante de tendas para se sustentar. Durante esse período, ele pregou e converteu muitos judeus e gregos, fundando a igreja local. Para essa comunidade, Paulo escreveu duas cartas que compõem parte do Novo Testamento. Entre seus colaboradores estava Erasto, um administrador público mencionado na Bíblia, que aparece em uma inscrição arqueológica local como responsável por pavimentar a praça da cidade com recursos próprios.

Escavações e Descobertas Arqueológicas

A cidade antiga foi destruída por um terremoto em 1858 e enterrada por areia, até que em 1856 a Escola Americana de Estudos Clássicos iniciou escavações. Descobriram uma rua pavimentada de mais de 14 metros de largura, calçadas, canais e inscrições como a da “Sinagoga dos hebreus”. Entre as grandes descobertas estão o teatro grego, o templo de Apolo, a antiga corte e a fonte de Peirene, além da ágora e a plataforma de julgamento onde Paulo provavelmente foi apresentado diante do procônsul Gálio.

Corinto no Contexto Bíblico

A arqueologia confirmou muitos detalhes das narrativas bíblicas, incluindo o local onde os gregos atacaram Sóstenes, chefe da sinagoga, conforme relatado em Atos 18:17. Corinto permanece como um símbolo de riqueza, influência cultural e transformação espiritual através do ministério de Paulo.

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Cidades Bíblicas Antigas

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