Babilônia foi uma das cidades mais grandiosas e influentes da antiguidade, consolidando seu poder especialmente graças aos reinados de Hamurábi (1728–1686 a.C.) e Nabucodonosor II (604–562 a.C.). A cidade prosperou por séculos, mas começou a declinar após a morte de Nabucodonosor. Sob o governo de Belsazar, caiu em decadência até ser conquistada pelos partos em 130 a.C., tornando-se ruína.
Diversos arqueólogos sondaram as ruínas da cidade em ambos os lados do rio Eufrates. Entre eles, destacam-se Niebuhr, Rich e Rassam, mas o maior reconhecimento é dado a Robert Koldewey, que liderou uma série de escavações minuciosas entre 1899 e 1913. Durante esses catorze anos, Koldewey e sua equipe revelaram uma Babilônia fascinante, trazendo à luz descobertas monumentais que ajudam a entender a história e a cultura desse antigo império.
Dentre os achados mais impressionantes está um muro enorme, com mais de 22 quilômetros de extensão e 42 metros de largura, que cercava a parte principal da cidade, oferecendo proteção formidável. Muitas portas da cidade foram descobertas, sendo a mais famosa a Porta de Ishtar, que é adornada com 575 figuras esmaltadas de dragões, touros e leões.
A “Rua da Procissão” é outro destaque — ela entrava na cidade pela Porta de Ishtar, passava pelo palácio real e seguia até o templo de Marduk, o deus supremo babilônico, conhecido como “o criador e rei do universo”.
O palácio de Nabucodonosor II foi uma das estruturas mais impressionantes da cidade, com um salão de trono e uma sala de banquetes medindo 17 metros de largura por 51 metros de comprimento, decorada com grande luxo.
Nas escavações também foi encontrada a base e o contorno da famosa Torre de Babel, conhecida nos registros como “E-temenan-ki”, que significa “a casa da plataforma-base do céu e da terra”. Acredita-se que sejam as ruínas da torre descrita em Gênesis, símbolo da ambição humana e da diversidade das línguas.
Entre as ruínas também se encontram restos de uma grande área quadrangular que se acredita ser a base dos lendários Jardins Suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Essa área é composta por criptas abobadadas e sótãos com arcos de tijolos cobertos por terra e escombros.
Foram também encontradas quase trezentas tabuinhas cuneiformes que registram a distribuição de azeite e cevada aos trabalhadores especializados que viviam em Babilônia entre 595 e 570 a.C. Entre os nomes mencionados está “Yow Keen [Joaquim], rei da terra de Yehud [Judá]”, e seus cinco filhos, que estavam sob a custódia de um assistente chamado Quenias.
Babilônia é citada repetidamente nas Escrituras, desde Gênesis até o Novo Testamento, sendo palco de acontecimentos históricos e proféticos que influenciaram profundamente a história do povo de Israel e do mundo antigo. Sua queda e ruínas são símbolos da transitoriedade do poder humano diante do divino.
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