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Arabá: A Depressão Árida do Antigo Oriente | Ivaldo Fernandes

A região conhecida na atualidade como Uádi Arabá é uma vasta depressão árida situada entre o mar Morto e o golfo de Ácaba, no sul de Israel e da Jordânia. Seu nome, "Arabá", já aparece em diversos textos bíblicos e históricos, representando uma área de significativa importância geográfica, econômica e espiritual nos tempos antigos.

Características Geográficas

O vale do Arabá se estende por cerca de 180 km em direção ao sul, partindo do extremo meridional do mar Morto até alcançar o golfo de Ácaba, onde estava localizada a antiga cidade portuária de Eziom-Geber. A largura da região varia entre 6 e 19 km, com terreno desértico, clima árido e solos ricos em minerais.

Este vale é, na realidade, uma continuação do Grande Vale do Rift, uma falha geológica que se estende desde o Líbano até o sul da África. O Arabá começa a uma altitude de 404 metros abaixo do nível do mar, mas sobe progressivamente por cerca de 107 km, atingindo um platô de 206 metros acima do nível do mar, antes de descer novamente até o nível do golfo de Ácaba.

Importância Histórica e Bíblica

O Arabá é mencionado frequentemente na Bíblia como uma região de travessia e referência territorial. Servia como uma importante rota comercial e militar que ligava o interior da terra de Canaã às rotas marítimas do mar Vermelho. Também fazia parte do caminho pelo qual os israelitas peregrinaram em direção à Terra Prometida.

Além disso, Eziom-Geber, no extremo sul do Arabá, foi um porto de grande importância nos tempos do rei Salomão, utilizado para embarcações que navegavam em direção a Ofir e outros destinos comerciais (1Rs 9:26-28).

Explorações Arqueológicas e Recursos Naturais

No século XX, o renomado arqueólogo Dr. Nelson Glueck realizou uma série de explorações na superfície e escavações menores ao longo do Arabá. Seus trabalhos resultaram na descoberta de diversas ruínas de aldeias antigas, indicando presença humana na região desde tempos muito remotos.

Um dos aspectos mais fascinantes foi a identificação de minas de cobre e prata, que já eram exploradas nos tempos de Salomão (cerca de 1000 a 900 a.C.). Posteriormente, os nebateus, povo árabe que prosperou entre 300 a.C. e 100 d.C., também utilizaram essas minas, aproveitando os recursos minerais abundantes da região para fins comerciais e industriais.

Legado Duradouro

Apesar de ser uma região desértica e inóspita, o Arabá foi palco de intensa atividade humana ao longo da história bíblica e clássica. Sua localização estratégica, suas riquezas minerais e sua função como corredor natural entre o mar Morto e o mar Vermelho fizeram dele uma área vital para antigas civilizações do Oriente Médio.

Hoje, o Uádi Arabá continua sendo uma área de interesse para arqueólogos, geólogos e historiadores que buscam compreender melhor as rotas, riquezas e povos da Antiguidade.

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Cidades Bíblicas Antigas

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