Discipulando ciclo 1
MEDITAÇÃO
“E João, ouvindo no cárcere falar dos
feitos de Cristo, enviou dois dos seus
discípulos a dizer-lhe: És tu aquele
que havia de vir ou esperamos outro? E Jesus, respondendo, disse-lhe:
Ide e anunciai a João as coisas que
ouvis e vedes: Os cegos veem, e os
coxos andam: os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos
são ressuscitados, e aos pobres é
anunciado o evangelho” (Mt 11.2-5).
REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA
TEXTO BÍBLICO BASE
evangelho do Reino de Deus.
o Reino de Deus está próximo. Arrependei-
-vos e crede no evangelho.
Simão e André, seu irmão, que lançavam a
rede ao mar, pois eram pescadores.
eu farei que sejais pescadores de homens.
seguiram.
irmão, que estavam no barco consertando
as redes.
20 – e logo os chamou. E eles, deixando o
seu pai Zebedeu no barco com os empregados, foram após ele.
ORIENTAÇÃO
AO PROFESSOR
“ministério” é uma palavra que define
uma denominação ou a atividade
de determinado pastor. Entretanto,
como se verá na presente lição, ministério significa “serviço” Por mais
desvirtuada que a expressão esteja, é
necessário resgatar o valor original do
ministério. Principalmente por conta
do estrelismo que vem invadindo até
mesmo a religião. É oportuno que
se ensine o novo convertido a não
admirar, e muito menos almejar, tal
comportamento. Atualmente, o estrelismo é um dos grandes males que
assola a igreja evangélica brasileira.
Daí o porquê da necessidade de se
combater tal postura.
os seguintes objetivos:
ministério de Jesus (dimensões “teórica”,
prática e espiritual);
ministério de Cristo;
ministério do Filho de Deus em favor da
humanidade.
basicamente, três poderes: executivo,
legislativo e judiciário. Cada um deles
tem as suas atribuições. Nos âmbitos municipal e estadual, os prefeitos e governadores nomeiam secretários. No plano
federal, o presidente nomeia ministros.
O que todos eles têm em comum: Todos
são servidores da sociedade. Tantos os
eleitos, quanto os concursados e nomeados, ocupam uma posição de servir, e
não de mandar. As áreas ocupadas por
essas pessoas – saúde, educação, trabalho, justiça, por exemplo – existem para
beneficiar e servir à sociedade, garantindo
ao povo não apenas o exercício correto
do serviço, mas também a sua qualidade,
pois é justamente para isso que os impostos são recolhidos.
acerca do assunto “ministério”. Pergunte
a eles: O que você acha de servir? Qual a
sua opinião sobre esse assunto? Servir é
algo humilhante? Por quê? Jesus é Deus?
Sim, Ele é Deus. E o que Jesus fez desde
quando resolveu encarnar-se e nascer
como qualquer ser humano? Ele unicamente serviu. Esse foi o seu “ministério”.
Por isso, todo e qualquer ministério que
tenha por princípio e fundamento o Evangelho de Jesus Cristo deve caminhar no
mesmo sentido e perspectiva do Mestre
de Nazaré.
é, o serviço que alguém presta a outrem.
Nesse sentido, o ministério terreno de Jesus
Cristo, pode ser visto sob duas perspectivas.
A primeira é que Ele estava a serviço de seu
Pai para desempenhar uma missão que, por
sua vez, e esta é a segunda perspectiva,
beneficiava a humanidade, sendo, portanto,
também um serviço. Sendo Deus, o nosso
Salvador colocou-se à disposição do Pai, e
da humanidade, para ministrar, ou seja, servir
(Mt 20.28; Mc 10.45). É acerca desse assunto
que estaremos estudando nessa lição sem, contudo, pretendermos esgotar o número
de benefícios que nos adveio do exercício do
ministério do nosso querido Jesus.
MINISTÉRIO DE CRISTO
se diz que o ministério de Jesus foi tríplice:
ensino, pregação e realização de milagres
(Mt 4.23; 9.35). Analisando de forma um pouco
mais detalhada tal constatação, é possível
verificar que existe algo de mais profundo
nessa tríplice divisão. Na verdade, podemos
falar que a natureza do ministério de Jesus
Cristo possuía uma tríplice dimensão, ou seja,
as dimensões não podem ser separadas, pois
compõe um único ministério. A primeira delas
seria a “dimensão teórica” que diz respeito ao
seu ensino, pois, como é possível facilmente
comprovar, marcava uma ruptura radical em
relação aos mestres da religião oficial dos
judeus. Isso tanto em termos de método
quanto de conteúdo (Mt 7.28,29; Mc 1.21,22; Lc 4.32). O “segredo” de tanto êxito e admiração
pelo seu ensino, segundo informa o próprio
Jesus, é que a doutrina ensinada por Ele,
não era sua própria, e sim de seu Pai que o
enviara (Jo 7.16).
readquiriram esperança após um encontro
com Jesus? De judeus a estrangeiros, de
enfermos a oprimidos, de religiosos a publicanos, todos, indistintamente, encontraram
no carpinteiro de Nazaré uma palavra de
alento. A prova de que não há dissociação
entre as dimensões “teórica” e prática de
seu ministério, é que Ele “tudo [fazia) bem”,
incluindo nisso até mesmo curar surdos e
mudos (Mc 7.37). Uma ocasião, em especial,
que demonstra a integralidade de seu ministério, trata-se de um episódio ocorrido
em uma sinagoga onde entrara para ensinar,
quando acabou libertando um oprimido, em
pleno sábado (o que era inadmissível para a
religião judaica), fazendo com que as pessoas exclamassem: “E todos se admiraram, a
ponto de perguntarem entre si, dizendo: Que
é isto? Que nova doutrina é esta? Pois com
autoridade ordena aos espíritos imundos, e
eles lhe obedecem!” (Mc 1.27).
1.3 – Dimensão espiritual. A despeito
dessas bênçãos perceptivelmente valiosas,
o grande feito do ministério de Jesus Cristo
consiste no fato de que Ele pagou o preço
do nosso resgate eterno (1 Co 6.20; 7.23; 1Tm 2.6). Ainda que profetas e outras pessoas
dirigidas por Deus tivessem experimentado
grandes milagres divinos no exercício de
seus ministérios, nenhum deles, porém, tinha
condição de fazer o que o nosso Mestre fez
(Hb 9.11-28). Uma vez mais vemos que o
ministério de Jesus, apesar de possuir três
dimensões, era único e suficiente, pois o
sacrifício foi realizado, em nossa realidade, mas tem o mérito e a capacidade de
alterar, em todos os âmbitos, a condição
pecaminosa humana, ao mesmo tempo
em que destina a criação, que também foi
transtornada pelo pecado, à sua completa
restauração (Ef 1.10).
O Evangelho de Mateus sumariza
o ministério de Jesus em três grandes
ações ou atividades. “Ensinar, proclamar as boas-novas do Reino e curar
todas as doenças são as três atividades
principais de Jesus e tornam-se sinal
do seu messiado e do irrompimento
escatológico da nova era de Deus,
que sacudirá, destruirá ou mudará as
instituições da antiga era. Estas são
as marcas distintivas do seu trabalho,
o qual será rematado por sua obra
última na cruz e na ressurreição e
será perpetuado na comunidade que
Ele comissiona para sucedê-lo (Mt
10.1-40; 28.16-20)” (SHELTON, James
B. “Mateus” In ARRINGTON. French L;
STRONSTAD, Roger (Eds). Comentário
Bíblico Pentecostal Novo Testamento,
i.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2003, p.33). A
última parte do comentário é decisiva
para o novo convertido, entretanto, ela
será mais bem trabalhada em uma lição
exclusiva.
2. O MINISTÉRIO DE JESUS
NA PERSPECTIVA DIVINA
mesmo Jesus Cristo enfrentou dificuldades
em seu caminho para fazer a vontade do Pai.
Ainda criança, foi perseguido por Herodes
que atentou contra a sua vida (Mt 2.13-18),
e não poucas vezes foi ameaçado pela
turba religiosa que se enfurecia com seus
ensinamentos (Lc 4 29). Mas não são essas
as maiores dificuldades que enfrentou para
cumprir a missão que o Pai lhe designara.
As piores e mais sutis, provavelmente, são
as relacionadas ao convencimento de que
Ele não precisava fazer o que fora enviado
a cumprir. Nesse particular, Jesus enfrentou
o próprio Satanás e, posteriormente, Pedro,
um de seus discípulos mais próximos que,
usado também pelo Inimigo de nossas almas, procurou dissuadi-lo de cumprir sua
missão (Mt 4.1-11; Mc 1.12,13; Lc 4-1-13; Mt16.21-23; Mc 8.31-33). Tais tentações são
piores porque procuram seduzir-nos pela
vaidade e o poder.
Desde a miraculosa concepção de Maria,
vemos que o Espírito Santo de Deus acompanha o Senhor Jesus (Mt 1.18; 3.16; 12.18; Mc1.10; Lc 1.35; 3-21,22; Jo 1.32,33). É uma grande lição percebermos que, mesmo sendo
Deus, Jesus não abriu mão da assistência do
Espírito Santo. Incrivelmente, foi o Espírito
Santo que conduziu Jesus ao deserto para
que fosse provado (Mt 4.1; Mc 1.12; Lc 4.1), e
também o instruiu e capacitou, em todos os
momentos de seu ministério, auxiliando-o na
missão que deveria cumprir (Mt 12.22-32; Mc
13.9-11; Lc 10.21; At 1.2). Quando Jesus ensina
que quem nasce do Espírito, deve aprender
a ser guiado pelo Espírito, ninguém melhor
que Ele demonstrou isso em sua vida (Jo
3.8; Lc 4.14-22; 11.13; 12-10-12). Além de uma
promessa do Senhor (Mt 10.19,20; Jo 7-38-39;
14.16,17,26; 15.26), que Ele, inclusive cumpriu
(Jo 20.22; At 1.4,5,8; 2.1-13), esse é também
um dos grandes ensinamentos da Igreja do
primeiro século (Rm 8.1-30; 1 Co 2.12-16; Gl
5.16) que, devido a sua importância, deve
continuar sendo ensinado em nossos dias.
2.3 – A missão concluída. Sem que nada
pudesse conté-lo, Jesus concluiu a sua
missão terrena dizendo que, justamente por
isso, glorificara o Pai e assim pôde exclamar:
“Está consumado” (Jo 17.4 cf. 19.30). Apesar
de ter sido dolorosamente consumado, o
ministério terreno do Senhor não “acabou”
com sua ascensão aos céus (At 1.4-9). Ele
deixou-nos igualmente essa incumbência,
dizendo que os seus discípulos deveríam
dar continuidade à missão de levar as Boas
Novas, realizando obras até maiores que as
dEle (Mt 28.19,20; Jo 14.12).
respeito à capacitação, ou unção, do
Filho de Deus pelo Espírito Santo. De
acordo com James Shelton, o “Espírito
Santo capacitou os profetas do Antigo
Testamento (e.g., Ez 2,2; Mq 3.8; Zc
7.12), e as profecias relativas ao Messias
prediziam uma acompanhante dotação
do Espírito (e.g., Is 42.1,5; 61.1-3). Assim,
Jesus recebe uma unção e capacitação
especiais do Espírito Santo para proclamar a mensagem de Deus e fazer
maravilhas. A vinda do Espírito sobre
Ele é sinal de que Ele é o Messias, o
Cristo (lit, ‘o Ungido’). Isto não significa
que esta é a primeira vez que Jesus foi
envolvido com o poder do Espírito; Ele
foi concebido pelo Espirito Santo (Mt
1.20; Lc 1.35) e obviamente foi guiado
pelo Espírito ao ministrar no templo
quando era menino (Lc 2.46-52). Nem
significa que Jesus foi ‘adotado’ pelo
Espírito no batismo e nesse momento
tornou-se Messias, pois Ele era o Filho
de Deus antes do batismo (Mt 1.20;
2.15; Lc 1.35; 2.49; Jo 1.1,14,18; 3-16)”
(Ibid., p.28).
3.0 MINISTÉRIO DE JESUS
NA PERSPECTIVA HUMANA
Completamente espiritual, é imprescindível
reconhecer que a obra realizada por Jesus
tem uma abrangência cujos reflexos e influência podem ser sentidos e igualmente
experimentados em nossa perspectiva.
Estando apartados do Criador por causa do
pecado, era preciso que o preço de tal desobediência fosse pago e, ao mesmo tempo,
reatasse-nos o relacionamento com o Pai
(Rm 5.10,11). Na realidade, complementando
o que já foi dito acima, segundo o apóstolo
Paulo, além de Deus ter nos reconciliado
“consigo mesmo por Jesus Cristo”, o Criador “nos deu o ministério da reconciliação,
isto é, Deus estava em Cristo reconciliando
consigo o mundo, não lhes imputando os
seus pecados, e pós em nós a palavra da
reconciliação” (2 Co 5.18,19).
repetido diversas vezes, o Mestre não veio
para ser servido e sim para servir, tanto a
Deus como a humanidade necessitada (Mt 20.28; Mc 10.45; Jo 3.16). Uma vez que este
era um dos propósitos do ministério terreno
de Jesus Cristo, em uma de suas pregações,
o apóstolo Pedro falou acerca de “como
Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito
Santo e com virtude; o qual andou fazendo
o bem e curando a todos os oprimidos do
diabo, porque Deus era com ele” (At 10.38).
Vemos que o objetivo de Jesus Cristo não
era levar, ou “tirar”, vantagem de ninguém,
justamente o contrário, Ele estava completamente comprometido em fazer o bem aos
seres humanos.
grandes propósitos do ministério de Jesus,
conforme profetizado acerca do Messias, era
libertar as pessoas (Lc 4.14-19). Presas pelo
legalismo religioso do judaísmo, os judeus
chegaram a negar que um dia tivessem sido
escravos (Jo 8.33). Entretanto, o que dizer
dos longos 430 anos no Egito e dos 70 anos
de cativeiro (Êx 12.40,41; Jr 25.11,12; 29.10)?
Evidentemente que, apesar de presos pelo
legalismo religioso, eles não tinham condições de avaliar a questão por si mesma, dai
a importância de o Senhor Jesus falar em
libertação para o povo (Jo 8.32,36).
por Jesus na sinagoga, conforme registrado no texto de Lucas 4.14-19- A esse
respeito, comenta French Arrington
que Jesus tendo retornado a Nazaré
onde fora criado, “Como era de seu
costume durante a juventude, […] vai à
sinagoga no sábado para adorar. […] Os
cultos na sinagoga eram bastante informais e consistiam em orações, leitura
da Escritura, comentários e doação de
ofertas para os pobres. A pedido, Jesus
toma o livro do profeta Isaias. Tendo
sido cheio do Espirito no batismo (Lc
3.22), Ele lê Isaias 61.1,2 e se identifica
como profeta ungido. Ele é o Messias
profético, ungido pelo Espirito para
proclamar as boas-novas”. (“Lucas”, In
ARRINGTON, French L.; STRONSTAD,
Roger (Eds ). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, i.ed. Rio
de Janeiro; CPAD, 2003, p.339). Após a
leitura do referido texto de Isaias, Jesus
“se assenta, tomando a postura normal
para pregar. Os olhos da congregação
fixam-se nEle, esperando que Ele dê
início ao sermão. Ninguém, senão
Jesus, pode começar um sermão do
modo como Ele o fez: ‘Hoje, se cumpriu
esta Escritura em vossos ouvidos’ (Lc
4 21). Ele afirma ser o cumprimento da
profecia de Isaias. No momento exato
em que a congregação escuta, ocorre
o cumprimento da Escritura. O Ungido
sobre quem o profeta falou está agora
presente para cumprir sua missão. Nos
dias de Jesus, muitos judeus não duvidavam de que o reinado messiânico
viria no futuro, mas Jesus afirma que o
que eles esperavam que ocorresse na
era futura tinha acabado de se tornar
uma realidade presente. O tempo de
salvação é ‘hoje’. Este é um ‘hoje’ que
continua: nunca se torna ontem nem
se introduz num amanhã vago” (Ibid).
Como se vê, Jesus Cristo exerceu um
ministério (a Deus e às pessoas) que não
se constituiu em ostentar um cargo para se
auto afirmar. Ele não precisava de tal prática,
pois a prova de que exercera da melhor forma
o que deveria fazer, foram as duas vezes em
que o próprio Deus afirmou que tinha prazer
em Jesus (Mt 3.17:17.5). Que Deus, possa ver
em nós a mesma disposição que houve em
Jesus Cristo, seu Filho (Fp 2.3-18).
VERIFIQUE SEU
APRENDIZADO
de Cristo?
Espírito Santo auxiliar Jesus Cristo? Por quê?
é preciso que o aluno entenda a necessidade de Jesus em ser auxiliado pelo
Espírito Santo de Deus, como um trabalho
de cooperação.
humana, acerca do sacrifício de Cristo.
para todos e trazer libertação.
Jesus na perspectiva humana, qual você
acha mais relevante? Comente.
opção, pois a reconciliação com Deus é
algo que ninguém, fora Jesus, podería fazer.
que as pessoas praticavam uma religião?
isto é, as pessoas estavam presas pelo
legalismo religioso.
Eu estou gostando da licença, aprendendo muito sobre o ministério de jesus.