por: Ivaldo Fernandes
1
Um homem rico, de vestes finas,
Vivendo em luxo e esplendor,
Passava frio lá pelas esquinas,
Sem olhar ao pobre sofredor.
Na porta seu cão lhe era amigo,
Mas ao Lázaro dava castigo.
2
Lázaro pobre, cheio de chagas,
Na porta esperava um pão,
Coberto em feridas e mágoas,
Vivendo só na contrição.
O rico seguia indiferente,
Com a alma fria e ausente.
3
Veio a morte e levou o pobre,
Ao seio de Abraão enfim,
O rico, porém, em fogo nobre,
Sentia a dor que não tem fim.
Clamava forte com desespero,
Pois ali não tinha mistério.
4
“Pai Abraão, mande um alento,
Pra refrescar a minha dor,
Só um pouco de um momento,
Um gesto de amor maior.”
Mas a resposta foi cortante:
“Teu tempo passou, arrogante.”
5
“Lázaro foi a ti consolar,
Na vida que tanto desprezou,
Agora não pode ajudar,
Pois seu destino já passou.”
E o abismo os separava,
Nem a morte os juntava.
6
“Envie Lázaro aos meus irmãos,
Que a vida viva sem temor,
Pra que mudem os seus vãos,
Antes que chegue a dor.”
Mas Abraão falou decidido:
“Se não ouvem o aviso antigo.”
7
Assim termina esta história,
De amor, justiça e atenção,
O rico perdeu a glória,
Por falta de compaixão.
Lázaro foi para a salvação,
O rico, ao fogo e perdição.
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