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O Julgamento no Supremo de Bolsonaro e aliados | Verso Cordel

O Julgamento no Supremo de Bolsonaro e aliados | Verso Cordel

 

por: Ivaldo Fernandes

  1.  

No Supremo Tribunal,
A Turma se reuniu,
Ouviu a PGR falar,
Num dia que ressurgiu,
Oito nomes em questão,
Por um golpe que não se viu.

  1.  

Tentativa de mudar,
O poder já consagrado,
“Núcleo Crucial” chamaram,
Grupo preso e enquadrado,
As defesas se organizaram,
Pelo alfabeto ordenado.

  1.  

Bolsonaro quis então,
Que Cid falasse primeiro,
Mas Moraes logo cortou,
Sem amparo ou nexo inteiro,
A denúncia não se altera,
Com pedido derradeiro.

  1.  

Pela manhã sustentaram,
As teses apresentadas,
Interromperam a sessão,
Após falas bem traçadas,
Duas horas da tarde veio,
Com pautas retomadas.

  1.  

Ramagem foi o primeiro,
Deputado do PL,
Seu advogado alegou,
Que a denúncia era cruel,
Nada novo ela trouxe,
E Cid calado fiel.

  1.  

“Abin paralela” não,
Ramagem sempre negou,
Três anos como chefe,
E ao povo se formou,
Eleito pelo voto,
Golpe nunca arquitetou.

  1.  

Garnier veio em seguida,
Lá da Marinha o comando,
Por que só ele no foco,
Se os chefes estavam andando?
Nas reuniões citadas,
Todos estavam tratando.

  1.  

Milhões de mensagens,
A PF analisou,
Mas nenhuma partiu dele,
Ou sequer se confirmou,
E contra Garnier,
Nada certo se formou.

  1.  

Torres, ex-ministro,
Foi então mencionado,
Seu advogado bradou,
Que o quadro é fabricado,
Férias já marcadas,
Nada de golpe armado.

  1.  

A PRF não parou,
A votação do povo,
Torres mandou dispersar,
O acampamento novo,
Golpe nunca apoiou,
Nem desejou algo torvo.

  1.  

Heleno veio em defesa,
Contra a tal acusação,
Organizou a posse,
Mas sem golpe ou traição,
E Matheus alegou,
Separar não é razão.

  1.  

Bolsonaro, enfim,
Viu Vilardi o representar,
“O mais investigado,
Da história a se contar”,
Negou o oito de janeiro,
E que Cid quis inventar.

  1.  

Mauro Cid, o delator,
Bitencourt o defendeu,
Colaborou com rigor,
Disse tudo o que viveu,
Mas jamais planejou,
Nem ao golpe se prendeu.

  1.  

Paulo Sérgio, general,
Foi posto em julgamento,
Seu advogado alegou,
Que faltava fundamento,
Aconselhou Bolsonaro,
A respeitar o momento.

  1.  

Braga Netto contestou,
A denúncia sem precisão,
Disse Oliveira Lima,
Que era pura ilusão,
Sem fato concreto à vista,
Só suposições em vão.

  1.  

As defesas se uniram,
Na falta de provas firmes,
Delações sem respaldo,
Que tentam descredibilizar,
Mas a tarde o STF,
Voltou a denúncia pesar.

  1.  

Por decisão unânime,
A Turma então aceitou,
A denúncia da PGR,
Que o golpe apontou,
E os oito réus agora,
A Justiça convocou.

  1.  

Os crimes foram listados,
A denúncia revelou,
Golpe contra o Estado,
Que a eleição confirmou,
Organização armada,
No Supremo se formou.

  1.  

Violência e ameaça,
Moraes logo ressaltou,
Oito de janeiro em praça,
Os vídeos comprovaram,
Bomba no aeroporto,
A democracia tombou.

  1.  

Ramagem espalhou mentiras,
E a fraude sustentou,
Garnier na minuta,
Que ao golpe se ligou,
Torres contra as urnas,
O processo atrapalhou.

  1.  

Heleno na desordem,
Seus discursos a inflamar,
Bolsonaro liderando,
Mentiras a propagar,
E Cid confessando,
Pra Justiça ajudar.

  1.  

Nogueira em reuniões,
Falando da minuta,
Braga Netto incitando,
Com palavras absolutas,
Cada um com seu papel,
Numa trama resoluta.

  1.  

Flávio Dino votou,
Com certeza a proferir,
“Golpe mata devagar,
Mas não deixa de existir”,
Os indícios são claros,
E não há como fugir.

  1.  

Fux reforçou os atos,
O oito de janeiro afamado,
Ameaça à democracia,
Foi fato comprovado,
E a denúncia ele aceitou,
Com julgamento pautado.

  1.  

Cármen Lúcia lembrou,
Do plano a se armar,
“Matar” o Supremo,
E o TSE apagar,
Mas a “Festa da Selma”,
Veio o golpe confirmar.

  1.  

Zanin por fim falou,
Que as provas são concretas,
Vídeos e documentos,
Além de falas diretas,
Não é só delação,
São verdades bem completas.

  1.  

Ação penal agora,
Os réus vão enfrentar,
A Justiça segue firme,
Sem jamais se dobrar,
Democracia forte,
Que não vai se apagar.

  1.  

O povo acompanha,
O que está por vir,
Julgamento no Supremo,
História a definir,
Golpe que falhou,
Mas quis tudo ruir.

  1.  

Oito nomes em xeque,
A lei vai desvendar,
Se houve intenção,
De tudo desmontar,
Provas vão surgindo,
Para a verdade indicar.

  1.  

O Supremo de vigília,
A ordem a resguardar,
Tentativas de golpe,
Nunca vão prosperar,
A urna é soberana,
E o povo quem vai mandar.

  1.  

Moraes relatando,
Com firmeza e precisão,
Cada passo dado,
Naquela conspiração,
Vídeos e mensagens,
São a comprovação.

  1.  

A PGR insistiu,
Nos crimes a apontar,
Organização armada,
Buscou se estruturar,
Depor o governo,
E a eleição derrubar.

  1.  

Os réus agora esperam,
O que vão enfrentar,
A instrução penal,
A verdade vai mostrar,
Culpa ou inocência,
Só o tempo há de julgar.

  1.  

O Brasil atento,
O Supremo a decidir,
O futuro democrático,
Está prestes a se abrir,
E a Justiça segue forte,
Para a ordem garantir.

  1.  

Este cordel se encerra,
Com rima bem marcada,
Julgamento no Supremo,
A história registrada,
O povo é quem decide,
Nessa pátria bem guardada.


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