No Supremo Tribunal,
A Turma se reuniu,
Ouviu a PGR falar,
Num dia que ressurgiu,
Oito nomes em questão,
Por um golpe que não se viu.
Tentativa de mudar,
O poder já consagrado,
“Núcleo Crucial” chamaram,
Grupo preso e enquadrado,
As defesas se organizaram,
Pelo alfabeto ordenado.
Bolsonaro quis então,
Que Cid falasse primeiro,
Mas Moraes logo cortou,
Sem amparo ou nexo inteiro,
A denúncia não se altera,
Com pedido derradeiro.
Pela manhã sustentaram,
As teses apresentadas,
Interromperam a sessão,
Após falas bem traçadas,
Duas horas da tarde veio,
Com pautas retomadas.
Ramagem foi o primeiro,
Deputado do PL,
Seu advogado alegou,
Que a denúncia era cruel,
Nada novo ela trouxe,
E Cid calado fiel.
“Abin paralela” não,
Ramagem sempre negou,
Três anos como chefe,
E ao povo se formou,
Eleito pelo voto,
Golpe nunca arquitetou.
Garnier veio em seguida,
Lá da Marinha o comando,
Por que só ele no foco,
Se os chefes estavam andando?
Nas reuniões citadas,
Todos estavam tratando.
Milhões de mensagens,
A PF analisou,
Mas nenhuma partiu dele,
Ou sequer se confirmou,
E contra Garnier,
Nada certo se formou.
Torres, ex-ministro,
Foi então mencionado,
Seu advogado bradou,
Que o quadro é fabricado,
Férias já marcadas,
Nada de golpe armado.
A PRF não parou,
A votação do povo,
Torres mandou dispersar,
O acampamento novo,
Golpe nunca apoiou,
Nem desejou algo torvo.
Heleno veio em defesa,
Contra a tal acusação,
Organizou a posse,
Mas sem golpe ou traição,
E Matheus alegou,
Separar não é razão.
Bolsonaro, enfim,
Viu Vilardi o representar,
“O mais investigado,
Da história a se contar”,
Negou o oito de janeiro,
E que Cid quis inventar.
Mauro Cid, o delator,
Bitencourt o defendeu,
Colaborou com rigor,
Disse tudo o que viveu,
Mas jamais planejou,
Nem ao golpe se prendeu.
Paulo Sérgio, general,
Foi posto em julgamento,
Seu advogado alegou,
Que faltava fundamento,
Aconselhou Bolsonaro,
A respeitar o momento.
Braga Netto contestou,
A denúncia sem precisão,
Disse Oliveira Lima,
Que era pura ilusão,
Sem fato concreto à vista,
Só suposições em vão.
As defesas se uniram,
Na falta de provas firmes,
Delações sem respaldo,
Que tentam descredibilizar,
Mas a tarde o STF,
Voltou a denúncia pesar.
Por decisão unânime,
A Turma então aceitou,
A denúncia da PGR,
Que o golpe apontou,
E os oito réus agora,
A Justiça convocou.
Os crimes foram listados,
A denúncia revelou,
Golpe contra o Estado,
Que a eleição confirmou,
Organização armada,
No Supremo se formou.
Violência e ameaça,
Moraes logo ressaltou,
Oito de janeiro em praça,
Os vídeos comprovaram,
Bomba no aeroporto,
A democracia tombou.
Ramagem espalhou mentiras,
E a fraude sustentou,
Garnier na minuta,
Que ao golpe se ligou,
Torres contra as urnas,
O processo atrapalhou.
Heleno na desordem,
Seus discursos a inflamar,
Bolsonaro liderando,
Mentiras a propagar,
E Cid confessando,
Pra Justiça ajudar.
Nogueira em reuniões,
Falando da minuta,
Braga Netto incitando,
Com palavras absolutas,
Cada um com seu papel,
Numa trama resoluta.
Flávio Dino votou,
Com certeza a proferir,
“Golpe mata devagar,
Mas não deixa de existir”,
Os indícios são claros,
E não há como fugir.
Fux reforçou os atos,
O oito de janeiro afamado,
Ameaça à democracia,
Foi fato comprovado,
E a denúncia ele aceitou,
Com julgamento pautado.
Cármen Lúcia lembrou,
Do plano a se armar,
“Matar” o Supremo,
E o TSE apagar,
Mas a “Festa da Selma”,
Veio o golpe confirmar.
Zanin por fim falou,
Que as provas são concretas,
Vídeos e documentos,
Além de falas diretas,
Não é só delação,
São verdades bem completas.
Ação penal agora,
Os réus vão enfrentar,
A Justiça segue firme,
Sem jamais se dobrar,
Democracia forte,
Que não vai se apagar.
O povo acompanha,
O que está por vir,
Julgamento no Supremo,
História a definir,
Golpe que falhou,
Mas quis tudo ruir.
Oito nomes em xeque,
A lei vai desvendar,
Se houve intenção,
De tudo desmontar,
Provas vão surgindo,
Para a verdade indicar.
O Supremo de vigília,
A ordem a resguardar,
Tentativas de golpe,
Nunca vão prosperar,
A urna é soberana,
E o povo quem vai mandar.
Moraes relatando,
Com firmeza e precisão,
Cada passo dado,
Naquela conspiração,
Vídeos e mensagens,
São a comprovação.
A PGR insistiu,
Nos crimes a apontar,
Organização armada,
Buscou se estruturar,
Depor o governo,
E a eleição derrubar.
Os réus agora esperam,
O que vão enfrentar,
A instrução penal,
A verdade vai mostrar,
Culpa ou inocência,
Só o tempo há de julgar.
O Brasil atento,
O Supremo a decidir,
O futuro democrático,
Está prestes a se abrir,
E a Justiça segue forte,
Para a ordem garantir.
Este cordel se encerra,
Com rima bem marcada,
Julgamento no Supremo,
A história registrada,
O povo é quem decide,
Nessa pátria bem guardada.
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