O Império Asteca | Verso Cordel

por: Ivaldo Fernandes

No Vale do grande México,
Os astecas floresceram.
Vieram de terras distantes,
Por lagos eles viveram.
Na ilha de Texcoco,
Seus impérios estabeleceram.

2.
Eram índios corajosos,
De pele escura e vigor.
Com cabelos bem cortados,
Mostravam força e ardor.
No planalto mexicano,
Criaram vida e valor.

3.
Chegaram já mais recentes,
Após toltecas surgir.
Fundaram Tenochtitlán,
Para o império expandir.
Hoje Cidade do México,
Onde história faz persistir.

4.
Cada cidade possuía,
Um rei para governar.
Mas na época espanhola,
Só Montezuma a mandar.
A unidade era prova,
De como souberam liderar.

5.
Sua capital grandiosa,
Era o centro do poder.
Ali cultura e política,
Tinham força pra crescer.
Religião era destaque,
Para a fé não perecer.

6.
Seu governo era a monarquia,
Escolhido em linhagem real.
Um conselho elegia o rei,
Com base no princípio ancestral.
Com poderes quase divinos,
Governava o povo leal.

7.
O imperador protegia,
O povo em toda missão.
Mas tinha de honrar os deuses,
Em rituais e devoção.
O povo pouco escolhia,
Sob forte autocracia em ação.

8.
Mas o Império permitia,
A mobilidade social.
Mesmo um humilde guerreiro,
Poderia crescer sem igual.
Se bravura ele mostrasse,
Chegava ao topo, afinal.

9.
Na sociedade pirâmide,
Tudo era bem dividido.
No topo estava a nobreza,
Com poder reconhecido.
Na base, escravos e servos,
De menor prestígio tido.

10.
Comércio era praticado,
Com outros povos vizinhos.
Mercadorias trocadas,
Por rotas e por caminhos.
Mandioca, cacau, algodão,
Eram produtos contínuos.

11.
Sua arquitetura brilhava,
Nos templos e nas pirâmides.
Escadas e grandes arcos,
Formavam suas raízes.
As ruas eram pavimentadas,
E de pedra tinham matrizes.

12.
A agricultura expandia,
Com sistemas avançados.
Os canais e os aquedutos,
Mantinham campos molhados.
Barcos cortavam as águas,
Levando mantos e fardos.

13.
Embora não conhecessem,
A roda como invenção.
Escreveram com complexidade,
E com precisão no tração.
Tinham um calendário solar,
Baseado na constelação.

14.
Escolas bem organizadas,
Para ensino e formação.
Militares, religiosos,
Ou de profissão em ação.
Preparavam desde os nobres,
Até o povo em sua nação.

15.
A religião politeísta,
Era cheia de sacrifícios.
Deuses de guerra e colheitas,
Reinavam nos artifícios.
O prisioneiro mais bravo,
Pagava os maiores ofícios.

16.
No ritual tão temido,
O guerreiro era escolhido.
Flautista no cortejo ia,
Por belas moças seguido.
Sacerdotes o guiavam,
Ao destino já definido.

17.
Os astecas deixaram marcas,
Em bibliotecas, saber.
Livros com grandes registros,
De artes e o modo de ser.
Nos colégios dos mais nobres,
Guardaram o seu viver.

18.
Mas o destino assombrado,
Chegou com força fatal.
Hernán Cortés avançava,
Com malícia imperial.
Se passou por deus branco,
Para enganar no final.

19.
Em mil quinhentos e dezenove,
A conquista começou.
Os espanhóis trouxeram armas,
Que o povo não enfrentou.
A queda de Tenochtitlán,
A história então marcou.

20.
Mas o legado asteca,
Na memória permanece.
Na cultura e na história,
O valor nunca fenece.
Mesmo diante da conquista,
O seu espírito enobrece.

21.
Seus templos são ruínas,
Que contam a trajetória.
Do império que foi grande,
E deixou sua memória.
Na América pré-colombiana,
Astecas fizeram história.

22.
A ciência que desenvolveram,
Ainda nos impressiona.
Na escrita e astronomia,
Sua marca se entoa.
Um povo que soube crescer,
Mesmo onde a luta ecoa.

23.
O sacrifício era extremo,
Mas era um modo de honrar.
Aos deuses que comandavam,
O céu, a terra e o mar.
Os astecas ensinavam,
A sua fé sempre guiar.

24.
A conquista trouxe a dor,
De um império derrubado.
Mas o povo asteca ainda,
Tem seu nome respeitado.
Por tudo que construíram,
Seu espírito é celebrado.

25.
Que esse cordel nos inspire,
A valorizar o passado.
Pois o que antes se viveu,
Hoje é um tesouro sagrado.
Astecas foram gigantes,
Num mundo tão admirado.

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