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O Colonialismo na História | Verso Cordel

O Colonialismo na História | Verso Cordel

 por: Ivaldo Fernandes

1.
Colonialismo é poder,
Uma cultura impor-se à outra,
Com armas ou linguajar,
Destruindo a fé que se encontra,
Arte e crença dominadas,
Uma história que nos afronta.

2.
No Brasil, a invasão lusitana,
Trouxe espada e religião,
E com força se instalou,
Explorou toda a nação,
Dos povos indígenas, roubo,
E a cultura foi ao chão.

3.
Na África, outra tragédia,
Culturas foram esmagadas,
Reinos ricos destruídos,
Suas riquezas levadas,
O colonialismo, cruel,
Deixou nações separadas.

4.
Os Andes também sofreram,
Com espanhóis dominando,
Civilizações inteiras,
Morreram se levantando,
Contra a tirania europeia,
Que seguia conquistando.

5.
Hoje a cultura americana,
Com sua influência sutil,
Impondo marcas e modos,
Até em solo do Brasil,
Continua o colonialismo,
Mesmo sem força hostil.

6.
Interesse capitalista,
Foi o que motivou o passado,
Explorar terras alheias,
Com o lucro como legado,
E as terras recém-descobertas,
Pelo sangue foram marcado.

7.
Colonização de exploração,
Tirava riqueza e minério,
Enquanto o povo sofria,
Sob um domínio severo,
Leis e economias frágeis,
No ciclo cruel e eterno.

8.
Já no povoamento, investia,
No lugar, tentando crescer,
Leis, infraestrutura e lucro,
Ainda tentando manter,
O controle sobre as terras,
Para nunca as perder.

9.
Duas fases do colonialismo,
Marcaram nosso viver,
A primeira com especiarias,
Rotas para enriquecer,
A segunda com expansão,
Mais terras a se deter.

10.
Portugal e Espanha abriram,
Os caminhos para o Oriente,
Com comércio e exploração,
Lucro era o que se sente,
Enquanto povos sofridos,
Pagavam o preço crescente.

11.
Na segunda fase avança,
De 1880 a catorze,
África e Ásia caíram,
Sob potências ferozes,
Era o ápice do império,
De interesses atrozes.

12.
A Inglaterra foi gigante,
Com seu império mundial,
Mas outras nações seguiam,
Na disputa colonial,
Portugal, Alemanha e Estados Unidos,
Também no jogo global.

13.
Na arte também se impôs,
Com gravuras desumanas,
Retratando os Tupinambás,
Como bestas desumanas,
Legitimando o domínio,
Com visões tão desumanas.

14.
Diziam que eram canibais,
Comendo vísceras e carnes,
Mas as cenas eram criadas,
Sem verdade em suas partes,
Só reforçando a visão,
Dos colonizadores farsantes.

15.
A linguagem também sofreu,
Sob a imposição fatal,
Palavras de outros países,
Hoje são nosso normal,
Hambúrguer e buffet,
Marcas de um mundo global.

16.
O cristianismo chegou,
Impondo fé aos nativos,
Deuses indígenas morreram,
Na conversão dos cativos,
A lua, o sol, o fogo,
Foram perdidos, esquecidos.

17.
Relatos e esboços feitos,
Por viajantes sem temor,
Criaram imagens tendenciosas,
Para o colonizador,
Fantasias que reforçavam,
Seu status de opressor.

18.
A exploração de riquezas,
Foi razão da invasão,
O ouro, o açúcar, o pau-brasil,
Carregaram da nação,
Deixando pobreza e morte,
Como marca da exploração.

19.
No entanto, a história segue,
Com lições a se aprender,
Respeitar a diversidade,
É o que devemos querer,
E não repetir as marcas,
Que só causaram sofrer.

20.
A globalização moderna,
Traz o colonialismo velado,
Com cultura e economia,
De novo, o mundo é explorado,
Mas há luta por igualdade,
Com um futuro mais esperado.

21.
As nações precisam unir-se,
Sem dominação ou disputa,
Respeitando-se as diferenças,
E as culturas, sem labuta,
Buscando juntos um mundo,
De harmonia absoluta.

22.
A história do colonialismo,
É dura, mas necessária,
Para que erros do passado,
Não se tornem a diária,
E possamos construir,
Uma era mais solidária.

23.
Portugueses e espanhóis,
Deixaram marcas profundas,
Mas os povos resistiram,
Com lutas sempre fecundas,
E suas raízes culturais,
Ainda hoje são profundas.

24.
Assim seguimos cantando,
Com o cordel a narrar,
A dor de um povo explorado,
Que ainda luta pra mudar,
A história que foi escrita,
Com sangue a manchar.

25.
Que possamos ter um dia,
Mundo livre de opressão,
Com cultura respeitada,
Sem roubo nem dominação,
E a história nos guie,
Para a justa união.


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