por: Ivaldo fernandes
1
Eu venho com poesia,
De forma investigadora,
Pra contar certa mentira
Das mais absurdas agora.
Falam mal do nosso café,
Mas sem prova e sem decoro.
2
Disseram sem fundamento
Com fala bem escabrosa,
Que o solúvel tão querido
Esconde coisa horrorosa:
“Tem sangue na composição!”
Que ideia maliciosa!
3
O café é da natureza,
Planta nobre e brasileira,
Vem do grão torrado e seco
Pra virar na chaleira
Um sabor que acalenta
Nossa alma o dia inteiro.
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O tal café solúvel
É só grão desidratado,
Por spray ou congelamento
É moído e preparado.
Sem sangue e sem mistério,
Produto inspecionado!
5
O boato que circula
De forma tão leviana
Fala em proteína estranha,
Origem não humana.
Mas confunde nitrogênio
Com substância insana.
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Laboratórios sérios
Fazem testes rotineiros,
Pra ver se tem impureza
Nos produtos brasileiros.
E nunca encontraram sangue
Nestes grãos verdadeiros.
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As proteínas detectadas
São do próprio vegetal.
Pois o café, como planta,
Tem composto natural.
Nada ali vem de animal
Nem de origem anormal.
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A Agência Nacional
De Vigilância da Saúde,
A nossa conhecida Anvisa,
Com saber e atitude,
Fiscaliza os alimentos
Com firmeza e com virtude.
9
Os processos industriais
São rigorosos demais,
Exigem qualidade
E não admitem jamais
A entrada de substância
Que cause danos fatais.
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Alguém pegou um estudo
Feito pra analisar
A estrutura proteica
De modo a comparar,
E entendeu tudo errado
Só pra boato espalhar.
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Já teve até gente dizendo
Que era sangue bovino!
Mas isso é invenção
De algum rumor cretino.
No café solúvel puro
Só tem gosto matutino.
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As fábricas de café
Têm controle absoluto.
Cada lote analisado
Por sensores e por estudo.
Se tivesse algo errado,
Seria um grande tumulto.
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Boato na internet
Voa mais que passarinho,
Mas verdade confirmada
Segue o passo de mansinho.
Por isso é que o cordel
Vai clarear o caminho.
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Se você quer boa fonte
E ciência comprovada,
Procure os pesquisadores,
A leitura especializada.
Boato não tem valor
Sem uma prova citada.
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A desinformação
É doença do presente.
Por isso, esse cordel
Torna o povo consciente.
Mentira não vira fato
Mesmo dita por muita gente.
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O café solúvel é
Muito prático e saboroso.
Pode ser forte ou suave,
É do grão maravilhoso
Que vem do cafezal
Com aroma delicioso.
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Não se usa gelatina
Nem traços de animal.
Os processos são modernos
E seguem padrão legal.
Quem espalha tal mentira
Comete erro sem igual.
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Na Europa e no Brasil,
Nos Estados Unidos,
O café é fiscalizado
E os testes são medidos.
Se tivesse sangue ali,
Seriam logo punidos.
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E mais: pense comigo,
Usar sangue custaria
Muito mais na produção,
Sem lógica, sem valia.
Além de anti-higiênico,
Seria uma heresia!
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A ciência esclareceu
Com testes precisos, frios.
Tudo é supervisionado
Até pelos fiscais da OMC e FDA,
Sem deixar cair nos trilhos.
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Quem ama o seu cafezinho
Pode, sim, se alegrar.
Pode fazer sem medo
E à vontade saborear.
Não há sangue, não há mito,
Só mentira a circular.
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Se alguém vier contar
Que ouviu em certo lugar,
Mostre esse cordel agora
Pra verdade se firmar.
Pois quem bebe informação
É mais forte pra pensar.
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O café é nossa história,
É cultura e tradição.
Desde o campo ao mercado
Traz calor no coração.
Não merece ser difamado
Por boato sem razão.
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Então siga confiante
Com sua xícara na mão.
Seja preto, forte ou doce,
Ele traz satisfação.
E não tem, pode ter fé,
Nem resquício de hemoglobina, irmão!
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Encerrando esse cordel
Com firmeza e com carinho,
Rejeite toda mentira
Que vier pelo caminho.
Café é só planta e grão,
Não vem sangue do vizinho!
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