por: Ivaldo Fernandes
1.
Nas terras de Jaguarão,
Nasceu Irineu a brilhar,
O Barão de Mauá,
Que o Brasil veio mudar.
Com visão e valentia,
Fez o progresso chegar.
2.
Muito cedo perdeu o pai,
O destino lhe chamou.
Foi viver com o seu tio,
Que o futuro preparou.
No Rio de Janeiro aprendeu,
E o mundo conquistou.
3.
Com onze anos no balcão,
De tecidos a vender,
Mostrou ser muito esperto,
E começou a crescer.
Na firma de Carruther,
Fez o saber florescer.
4.
Aprendeu a ser gerente,
E logo virou patrão.
Em viagens à Inglaterra,
Buscou a inspiração.
Concluiu que o Brasil
Precisava de inovação.
5.
Edificou estaleiros,
Na Ponta da Areia então.
Fundou a indústria náutica,
E a nação deu-lhe a mão.
Com mil homens a trabalhar,
Fez crescer a produção.
6.
Navios e canhões criou,
Para guerras auxiliar.
E dividiu suas ações,
Entre banco e industrializar.
Com ideias visionárias,
Fez a nação prosperar.
7.
Iluminou o Rio à gás,
Em mil oitocentos e cinquenta e um.
Com vapor no Amazonas,
Navegou sob céu comum.
Com ferrovia em Petrópolis,
Trouxe o progresso algum.
8.
Unindo Juiz de Fora,
Com a estrada União e Indústria,
Mostrou ser grande engenheiro,
E expandiu sua virtude.
Conectou o Brasil à Europa,
Com cabo de amplitude.
9.
Fundou o Banco Mauá,
Com filiais a expandir.
De Londres à Buenos Aires,
Sua fama a construir.
Mas o governo do Império,
Quis sua estrela extinguir.
10.
Liberal e abolicionista,
A guerra ele criticou.
No Prata deu suporte,
Quando Montevidéu clamou.
Por suas convicções,
O Império o sabotou.
11.
Suas fábricas sabotadas,
Seus impostos aumentados.
Por ações tão criminosas,
Viu negócios arruinados.
Mas Irineu manteve firme,
Seus ideais preservados.
12.
Na política exerceu,
Seu cargo de deputado.
Mas renunciou o posto,
Pra cuidar do mercado.
Com a crise de sessenta e quatro,
Seu banco foi abalado.
13.
Em mil oitocentos e setenta e cinco,
Sofreu o golpe fatal.
O Banco Mauá fechou,
Foi a perda mais brutal.
Mas com honra e dignidade,
Venceu a luta final.
14.
Pagou cada compromisso,
Mesmo à custa de sofrer.
Sem nenhum bem material,
Só tinha o que não se vê.
A moral de um grande homem,
Que jamais quis se vender.
15.
O Barão virou Visconde,
Título de merecer.
Construiu sua história,
Deixou o mundo a saber.
Que com força e com coragem,
É possível um sonho ter.
16.
Na indústria e no comércio,
Foi pioneiro exemplar.
Nas ferrovias e cabos,
Fez o Brasil conectar.
Um homem além do tempo,
Fez a história transformar.
17.
Em tempos tão difíceis,
Com crises a enfrentar,
Mostrou o valor da luta,
Sem jamais se dobrar.
Foi símbolo da bravura,
Que devemos recordar.
18.
Do Arroio Grande à história,
Seu legado há de brilhar.
Barão de Mauá foi exemplo,
De quem ousa realizar.
Com trabalho e com visão,
Fez a pátria avançar.
19.
Hoje olhamos para o passado,
E vemos sua jornada.
Um brasileiro audaz,
De mente tão iluminada.
Que sonhou com um futuro,
E fez sua pátria elevada.
20.
Seus feitos são lições,
Para o presente aprender.
Que com esforço e coragem,
Podemos o mundo mover.
Irineu Evangelista,
Seu nome faz valer.
21.
No tempo em que viveu,
Foi gigante em sua lida.
Construiu com suas mãos,
A base para a vida.
E mesmo na derrota,
Sua honra foi erguida.
22.
Que sua história inspire,
O Brasil a se erguer.
Com trabalho e com fé,
O futuro refazer.
Pois Mauá nos mostrou,
Que é possível vencer.
23.
A cidade de Jaguarão,
Nunca mais será esquecida.
Pois dela veio Mauá,
E sua obra destemida.
Um exemplo para todos,
De uma vida bem vivida.
24.
Que seu nome seja lenda,
E a memória se guarde.
De um homem que ousou,
Mesmo em tempos tão árduos.
Seu legado permanece,
Como inspiração tão válida.
25.
O Barão de Mauá brilha,
Na história brasileira.
Com visão e coragem,
Foi um grande pioneiro.
Deixou lições eternas,
Para o povo brasileiro.
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