por: ivaldo fernandes 1 O Brasil foi repartido, Pelo rei Dom João terceiro, Capitanias surgiram, Com destino aventureiro. Coube ao chão potiguar, Barros e Cunha primeiro.
2 João de Barros, Aires da Cunha, Vieram pra colonizar, Mas os índios potiguares Foram logo a rejeitar. Com ajuda dos franceses, Português não foi ficar.
3 O pau-brasil era a meta, Dos que aqui aportaram, Franceses já contrabando E os índios se aliaram. A primeira investida, Os lusos não prosperaram.
4 Por sessenta e dois anos, Essa terra resistiu, Até nova expedição, Que Natal enfim abriu. Foi Jerônimo de Albuquerque, Que o francês não permitiu.
5 Mascarenhas Homem veio, Com tropas para lutar, No Natal de mil quinhentos E noventa e sete a brilhar. A Fortaleza dos Reis, Começaram a levantar.
6 O projeto era de um padre, Gaspar era o seu nome. Ergueu-se o forte valente, Contra o ataque que consome. Ali nasceu o povoado, De fé, história e renome.
7 Cidade dos Reis chamaram, Depois, Natal foi chamada. Por causa do nascimento Ou da barra demarcada. Mas o espírito natalino, Sempre foi sua jornada.
8 Os holandeses chegaram, Em mil seiscentos e trinta e três. Forte virou Kenlen, Natal foi nova outra vez. Mas por vinte e um anos só, Recuperaram-se os lusês.
9 Depois de tanta batalha, A calmaria chegou. A cidade foi crescendo, Mas seu ritmo não mudou. No fim do século dezenove, Dezesseis mil habitou.
10 Em mil novecentos e quatro, Natal distrito virou. A vila foi instalada, E o progresso ali firmou. Já em 1911, Novos distritos criou.
11 Cidade Alta e Cidade Nova, Por um tempo existiram. Depois, na história sumiram, Mas memórias resistiram. Ficando apenas Natal, No mapa a consolidaram.
12 Parnamirim foi criado, No ano quarenta e oito. Anexado a Natal, Porém, ganhou um novo arroio. Em cinquenta e oito nasceu, Como município afoito.
13 Na divisão de sessenta, Natal ficou mais completa. Redinha foi anexada, Com estrutura concreta. Assim o mapa seguiu, Com organização correta.
14 Em mil novecentos e sessenta e três, Igapó veio surgir. Mais um distrito a somar, Para a cidade expandir. Mas em noventa e sete, Tudo voltou a unir.
15 Redinha e Igapó, Ao distrito sede voltaram. A história territorial, Mudanças sempre guardaram. Natal unificada, Seus passos marcaram.
16 Hoje o Rio Grande do Norte, Tem Natal como farol. História rica e diversa, De resistência e sol. Uma terra de bravura, E de um povo bem maior.
17 Das Capitanias ao Forte, Da luta contra invasor, Natal guarda em seus braços, Tradição e muito amor. Sua cultura é um canto, De um povo trabalhador.
18 O Potengi é um rio, Que abraça essa cidade. Onde os dias nascem vivos, Cheios de vitalidade. Rio Grande do Norte é história, É o lar da diversidade.
19 Do turismo encantador, À memória do passado. Natal encanta a todos, Com seu povo dedicado. Terra de fortes raízes, E destino admirado.
20 Fortaleza dos Reis Magos, É marco da construção. Um símbolo de coragem, E de grande inspiração. Preservado no presente, Com orgulho e devoção.
21 O folclore é vibrante, A cultura é o seu forte. De literatura e arte, É o legado do Norte. Cordel canta com orgulho, Rio Grande como suporte.
22 As praias de Natal brilham, Com o sol a iluminar. Ponta Negra, Genipabu, Lugares de se encantar. O cenário é poesia, Que a todos faz amar.
23 Da luta pela conquista, À glória da capital. Natal segue triunfante, Com história sem igual. Rio Grande do Norte é vida, É beleza natural.
24 Terra dos potiguares, Com orgulho nacional. Sua história nos inspira, É um patrimônio real. Que o Brasil reconheça, Seu valor cultural.
25 Assim termina o cordel, Do estado e seu valor. Rio Grande do Norte é vida, Com história de vigor. Deixe essa terra no peito, Como um canto de amor.