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História de Sergipe | Verso Cordel

História de Sergipe | Verso Cordel

por: Ivaldo Fernandes

1
Entre rios foi visitado,
Por Gaspar em expedição,
O São Francisco aclamado,
E o Real em comunhão.
Sergipe era só promessa,
De um futuro em construção.

2
Os franceses chegaram cedo,
Pelo escambo a comerciar,
Pau-brasil era o enredo,
Que vinham sempre buscar.
Com pimenta e algodão,
Faziam lucro sem par.

3
A coroa então decidiu,
Em capitanias dividir,
Sergipe à Bahia uniu,
Para assim melhor gerir.
Francisco Pereira Coutinho,
Foi o donatário a assumir.

4
Antes dos lusos chegarem,
Os franceses navegavam,
Recursos sempre levavam,
E terras já exploravam.
Mas com a chegada dos jesuítas,
Os nativos catequizavam.

5
Os índios com resistência,
Não cederam à opressão,
A realeza em insistência,
Mandou soldados em missão.
Raptaram mulheres e filhos,
E destruíram a nação.

6
As tribos se rebelaram,
E o invasor foi expulso,
Porém logo se enfrentaram,
Com um ataque mais avulso.
Em mil quinhentos noventa,
O massacre fez-se impulso.

7
Cristóvão de Barros chegou,
Com armas e força de lei,
O Arraial ele fundou,
E o chamou Sergipe Del Rey.
Assim a terra começou,
Sob domínio do seu rei.

8
No gado e na cana o sustento,
A economia então cresceu,
Com mão-de-obra ao relento,
Da África o povo cedeu.
Indígenas e escravos,
No suor a terra viveu.

9
Contra os franceses lutaram,
Que até mil seiscentos ficaram,
Quando as forças os expulsaram,
E as terras enfim libertaram.
Mas a paz não duraria,
Logo novos tempos chegaram.

10
A invasão holandesa,
Sergipe veio a arrasar,
Roubos, incêndios e rudeza,
Faziam a terra sangrar.
Queriam Salvador cercar,
E a província a dominar.

11
Em mil seiscentos e noventa e seis,
Sergipe viu independência,
Mas logo a Bahia outra vez,
Impunha sua exigência.
A autonomia não durou,
Causando enorme urgência.

12
Somente em mil oitocentos e vinte,
Dom João separou as regiões,
Burlamárqui, nome bem presente,
Governou com novas missões.
E a província ganhou alento,
Com as futuras decisões.

13
Com o Brasil independente,
Sergipe viu seu futuro brilhar,
Produção de cana crescente,
E o gado a pastar.
O progresso foi surgindo,
E o povo a trabalhar.

14
Em mil oitocentos e cinquenta e cinco,
A capital foi transferida,
Aracaju surgiu no caminho,
Como cidade bem erguida.
Às margens do Sergipe fundada,
Foi ao progresso dirigida.

15
Movimentos republicanos,
Ali tomaram lugar,
Nas Laranjeiras os humanos,
Queriam se libertar.
Mas João Mulungu enfrentou,
O destino a lhe calar.

16
Aracaju, já cidade forte,
Tornou-se centro da razão,
Com jornal e seu suporte,
A liberdade em expansão.
Ideias novas ecoavam,
Nos corações da região.

17
Em mil oitocentos noventa e dois,
A primeira constituição,
Sergipe entre os grandes foi,
Com orgulho e exaltação.
Seu nome de origem tupi,
Traz o rio dos siris na tradição.

18
De história tão batalhada,
Sergipe segue a ensinar,
Com coragem dedicada,
Sempre a vida transformar.
Seus feitos e sua glória,
Nos anais vêm se eternizar.

19
Terra de riquezas mil,
De um povo tão acolhedor,
Sergipe é brilho do Brasil,
No trabalho e no fervor.
Sua força e sua cultura,
Têm lugar no nosso amor.

20
Hoje é terra desenvolvida,
Com sua economia a crescer,
A história aqui vivida,
Tem muito a nos dizer.
Sergipe é força e memória,
De quem soube bem viver.

21
Do São Francisco à Aracaju,
Do campo ao litoral,
A beleza em cada espaço nu,
Faz da terra um local especial.
Sergipe é berço de luta,
E seu povo essencial.

22
Entre cana e o gado pastando,
O futuro sempre a olhar,
A cultura rica, pulsando,
No forró e no festejar.
Sergipe é um canto vivo,
De história a encantar.

23
De Laranjeiras ao sertão,
Todo canto tem memória,
A força que move a nação,
Deixa sua marca na história.
Sergipe, berço querido,
De bravura e de vitória.

24
E assim finalizo o cordel,
De Sergipe conto o passado,
Com amor por esse papel,
Seu povo nunca é calado.
Uma terra que sempre inspira,
Com seu espírito elevado.

25
Que Sergipe seja exemplo,
De coragem e coração,
Que o futuro seja templo,
De paz e renovação.
Terra rica e abençoada,
És orgulho da nação!


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