por: Ivaldo Fernandes
1
Bahia, terra querida,
De história tão singular,
No Brasil é reconhecida
Pelo povo e seu lugar.
Foi em Porto Seguro avistada,
Por Cabral, à beira do mar.
2
No ano mil e quinhentos,
Começou a colonizar,
Com jesuítas atentos,
A fé quiseram semear.
Logo o solo fértil se encheu,
De vida e do novo lar.
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Em mil quinhentos quarenta e nove,
Tomé de Souza chegou,
E Salvador, que comove,
Como capital se firmou.
Primeira do nosso Brasil,
Seu valor o tempo provou.
4
No século dezesseis,
Piratas vieram tentar,
Em mil quinhentos e oitenta e sete,
Quiseram a cidade roubar.
Mas o povo forte e valente,
Soube a pátria resguardar.
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Francês tentou em mil seiscentos,
Com seus corsários a lutar,
Holandeses em mil quinhentos,
Vieram o chão ameaçar.
Mas Salvador resistia,
Sempre pronta a batalhar.
6
Quatorze de abril marcou,
Quando enfim foi invadida,
A esquadra holandesa entrou,
Deixando a terra ferida.
Porém em trinta de abril,
Foi novamente erguida.
7
Portugueses trouxeram força,
Pra reconquistar o lugar,
Com navios, homens e força,
Fizeram o invasor recuar.
Em mil seiscentos e vinte e cinco,
A vitória veio a brilhar.
8
Mas a Bahia enfrentaria
Novos momentos de dor,
Conjuração da alfaiataria,
Revolta de grande clamor.
E o desejo republicano,
Ecoou com grande vigor.
9
Em mil setecentos e noventa e oito,
O povo quis liberdade,
Mas o regime implacável,
Reprimiu com crueldade.
Porém o sonho de justiça,
Ficou na eternidade.
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Nos idos de mil oitocentos,
Os Malês vieram lutar,
Escravos islâmicos, valentes,
Por direitos a reivindicar.
Ainda que sufocada,
Sua história há de brilhar.
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A Bahia, chão sofrido,
Guerra de Canudos viu,
Com o Conselheiro seguido,
O sertanejo resistiu.
Mas o exército imponente,
A resistência destruiu.
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Dois anos de luta e dor,
O sertão se fez chorar,
Mas Canudos, com seu valor,
Nunca deixa de inspirar.
A memória de um povo forte,
Segue sempre a nos guiar.
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Hoje a Bahia reluz,
Com sua cultura vibrante,
Seus ritmos trazem a luz,
De um povo alegre e brilhante.
Na culinária e na dança,
A história é constante.
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Do samba ao axé contagiante,
Do acarajé ao sabor,
Sua música é marcante,
Encanta o Brasil com amor.
A Bahia, mãe generosa,
De um povo acolhedor.
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Seu litoral tão formoso,
Se estende ao longo do mar,
Do Pelourinho charmoso,
À fé que vem se encontrar.
Na terra de todos os santos,
A Bahia faz encantar.
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Do candomblé ao catolicismo,
A fé se torna raiz,
Do sincretismo ao otimismo,
Cada alma se faz feliz.
Na Bahia a cultura é forte,
De um povo que sempre diz:
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"Resistir é nossa sina,
Lutar faz parte de nós,
Na força que nos ilumina,
Ecoa sempre a nossa voz.
Bahia de tantas riquezas,
Nunca está entregue ao algoz."
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Seu solo guarda riquezas,
Da cana ao cacau a crescer,
Mas é no povo as grandezas,
Que a Bahia faz florescer.
Seu calor e hospitalidade,
Fazem qualquer um querer.
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Seus artistas, sua magia,
Tornaram o estado imortal,
De Jorge Amado à poesia,
Seu legado é especial.
A Bahia é sempre eterna,
No cenário cultural.
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E assim segue a história,
De uma terra tão brilhante,
Com lutas, dores e glória,
Mas um futuro vibrante.
Bahia, és o coração,
Do Brasil tão emocionante.
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Que o teu povo nunca esqueça,
De sua força e valor,
Mesmo em tempos de tristeza,
Teu espírito é vencedor.
A Bahia é uma luz,
Que brilha com todo amor.
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Salvador e suas ladeiras,
O mar que a cidade beija,
Com seu povo nas ribeiras,
Onde a vida nunca fraqueja.
Essa Bahia encantada,
De beleza ninguém inveja.
23
Do Sertão ao litoral,
Toda terra tem seu brilho,
Cultura fenomenal,
Que encanta todo filho.
Bahia, mãe acolhedora,
Teu espírito é andarilho.
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Que teus feitos se eternizem,
Na memória e coração,
Que as gerações atualizem,
O teu rico torrão.
Bahia, sempre altiva,
És orgulho da nação.
25
Com cordel venho encerrar,
Esta história tão bela,
Bahia, és de encantar,
Com teu povo, tua estrela.
Que a tua luz nunca apague,
Nesta terra tão singela.
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