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Estado do Pernambuco | Verso Cordel

Estado do Pernambuco | Verso Cordel
por: Ivaldo Fernandes
1
Entre os anos de mil quinhentos,
D. João III foi quem comandou,
As capitanias, doando,
A um nobre que se instalou,
Duarte Coelho então fez,
Em Pernambuco se firmou.
2
A Capitania de então,
Nova Lusitânia se deu,
Com terras e muitos direitos,
Para o Donatário que venceu,
Desbravando e colonizando,
Pernambuco floresceu.
3
Em mil quinhentos e trinta e cinco,
Duarte Coelho chegou,
Com coragem e determinação,
Na terra que muito amou,
Fundou Olinda em 1537,
E Igarassu se formou.
4
A região antes habitada,
Por índios Tabajaras foi,
O contato com os portugueses,
Mudou tudo, o povo se foi,
Com os engenhos de cana,
A produção cresceu e foi.
5
A cana-de-açúcar prosperou,
Os engenhos eram mil,
A escravidão foi forte,
E o comércio foi sutil,
Pernambuco se tornou grande,
E o açúcar, o Brasil, viu.
6
O domínio dos holandeses,
De mil seiscentos e trinta,
Trouxe novos ventos e forças,
Na terra que o açúcar pinta,
Maurício de Nassau comandou,
E a guerra não se junta.
7
Os holandeses incendiaram,
Olinda foi devastada,
Recife então se tornou,
Capital bem instalada,
O Brasil holandês se ergueu,
E a luta foi travada.
8
Mas o povo de Pernambuco,
Não se entregou ao domínio,
Em 1645 começou,
A Insurreição, em seu caminho,
Batalhas de Guararapes,
Foram fogo e destemido destino.
9
Por quase dez anos lutaram,
O povo em busca da vitória,
Em janeiro de mil seiscentos e cinquenta e quatro,
Os holandeses viram sua história,
Se renderam à força do povo,
E Pernambuco fez memória.
10
Recife prosperou com a luta,
Enquanto Olinda resistia,
Mas divergências se criaram,
E a guerra surgiu, com a proria,
Bernardo Vieira liderou,
E república ele dizia.
11
Em 1710 aconteceu,
A Guerra dos Mascates enfim,
A disputa por vilas e terras,
Foi a causa do fim,
De uma paz que estava instável,
E um futuro de tumulto, sim.
12
Pernambuco viveu revoltas,
Durante a história e o tempo,
A Revolução de 1817,
Foi um exemplo do movimento,
Crise no açúcar e o descontentamento,
Foram causa do grande tormento.
13
O descontentamento foi forte,
Com o comércio dominado,
E as idéias republicanas,
Foram no povo espalhado,
Mas logo, os militares,
Derrotaram o povo exaltado.
14
Em 1824, nova luta,
A Confederação do Equador,
Uniu o Nordeste com força,
Para lutar com fervor,
Separatistas queriam,
A República com ardor.
15
Frei Caneca, herói da causa,
A luta com garra enfrentou,
Mas a vitória foi impossível,
E a derrota ele enfrentou,
Fuzilado na história ficou,
E Pernambuco lamentou.
16
Em 1848, o clima,
Foi de nova revolução,
A Revolução Praieira,
Com seu desejo de separação,
O povo clamava por liberdade,
Com ideais de uma nação.
17
A política e os partidos,
Se enfrentaram com dureza,
A luta era forte e sangrenta,
Mas a vitória não foi certeza,
O movimento não conseguiu,
Vencer a política da empresa.
18
Depois de tantas revoltas,
O estado se viu transformado,
A Proclamação da República,
Pernambuco foi renascido,
O desenvolvimento chegou,
E a indústria foi almejado.
19
Infraestrutura foi buscada,
O estado se modernizou,
Com muito trabalho e coragem,
O progresso se firmou,
Pernambuco agora avançava,
E a terra se renovou.
20
Olinda e Recife dividiram,
A história que ficou pra sempre,
Os mestres e comerciantes,
Marcaram com coragem o presente,
Mas o povo pernambucano,
Seguiu firme e persistente.
21
Nas revoltas e nos conflitos,
O povo nunca se entregou,
Com coragem enfrentaram,
A guerra que o mundo enfrentou,
De Duarte Coelho até hoje,
Pernambuco não desistiu, não.
22
A terra do açúcar e engenho,
Viveu muita luta e dor,
Mas também teve grandeza,
Na cultura e no amor,
Pernambuco é forte e bravo,
Com seu povo, com muito ardor.
23
A história de Pernambuco,
É luta, guerra e união,
Com sua gente resistente,
E seu povo de coração,
A terra se faz vencedora,
Com luta e com garra em mão.
24
Na terra de Sol e de história,
O povo segue com fé,
Pernambuco é um exemplo,
De força que jamais se perde,
Com suas capitanias,
E seu povo que sempre se acredita.
25
Assim Pernambuco segue,
Com bravura e tradição,
Na luta por um futuro,
Com coragem e união,
É a terra que se ergue forte,
E sempre luta, com mão e coração.

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