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Cruzadas | Verso Cordel

Cruzadas | Verso Cordel
por: Ivaldo Fernandes
1
No Oriente, a semente
Do Islã veio a brotar
Com Maomé, o profeta
Que passou a pregar
Uma fé monoteísta
Pronta a se espalhar.
2
Mas, também naquelas terras
Outra fé já se erguia:
Cristianismo crescia,
Só que a luta surgiria;
Jerusalém disputada
Por toda a monarquia.
3
Três religiões na Terra
Têm locais sagrados, então,
Cristãos, judeus e muçulmanos,
Se viram na mesma ação,
Terra Santa era o prêmio
Daquela dura questão.
4
O termo “Cruzada” veio
Depois do tempo passar,
Soldados, com cruzes brancas,
Seguiam a marchar;
Chamavam de guerra santa
Pra Terra Santa tomar.
5
No ano mil, muita gente
Pra Jerusalém seguia;
Achavam que o mundo iria
Chegar ao fim, quem diria?
Peregrinações cresciam
Com devoção que urgia.
6
Muçulmanos se expandiram
O cristão foi barrado,
E o Papa Urbano chamou,
Por toda Europa foi dado:
“Levantem-se, nobres bravos,
Ao Oriente marchado!”
7
Assim foi a Primeira
Das Cruzadas sem igual,
Nobres venceram batalhas
Na Terra Santa inicial.
Antioquia e Trípoli,
Caíra Edessa, afinal.
8
Mas o Sultão Saladino,
Líder de grande vigor,
Reconquistou Jerusalém,
Com tática e muito ardor.
A resposta logo veio,
Do Ocidente, clamor.
9
A Terceira Cruzada foi
Famosa por seus reis;
Ricardo, Felipe e Frederico
De bravura eram os três.
Saladino fez acordo,
Garantindo a sua vez.
10
Cristãos podiam, por paz,
Peregrinar a lugar santo.
Mas não se deram por findas,
Continuaram em pranto;
Outras cruzadas seguiram
No calor do desencanto.
11
Na Quarta Cruzada, então,
Constantinopla caiu;
Os gregos e os latinos,
Cristandade se partiu.
E a luta santa mudou,
Foi o que o Papa sentiu.
12
No sul da França surgiu
Nova guerra a rebentar;
Contra cátaros hereges
Que ousaram se levantar,
A Igreja veio com força
Pra toda fé purificar.
13
E o mais curioso evento,
Em doze e doze, marcado:
A Cruzada das Crianças
Que partiram no fado;
Foram feitos prisioneiros,
Vendidos ao mar sagrado.
14
Nova expedição, porém,
Na Quinta não foi sucesso.
Nilo cheio, cheio o rio,
Lá morreram no regresso;
Cristãos desistem do Egito,
Nem avançaram progresso.
15
A Sexta Cruzada, contudo,
Traz Jerusalém de volta,
Frederico liderava
Com astúcia e com revolta.
Por década, a cidade foi,
Mas perdida pela escolta.
16
Na Sétima Cruzada veio
Luís, o nono, reinar.
Ele recusa ofertas
E decide batalhar.
Foi preso e resgatado
Com ouro pra se soltar.
17
O mesmo Luís guiou
Outra expedição,
Mas a peste o derrotou,
Terminando a missão.
A Oitava Cruzada, pois,
Foi a última, em conclusão.
18
Nona Cruzada é descrita
Como parte da anterior;
O príncipe Eduardo partiu
Com cavaleiros de valor.
Porém, a morte do pai
Trouxe ao jovem seu favor.
19
As Cruzadas, afinal,
Objetivo não cumpriram;
Mas mudaram o mercado,
Caminhos se expandiram;
Cultura oriental floresce,
Os europeus mais ouviram.
20
Feudalismo se enfraquece,
Os reis ganham mais poder,
Comerciante prospera
Por novos rumos fazer.
A Terra Santa, porém,
Não conseguiram vencer.
21
As guerras trouxeram dor,
Milhares vieram tombar;
Cristãos, judeus e muçulmanos
Viram sangue a derramar.
Mas os ecos dessas lutas
Ainda vão ressoar.
22
Jerusalém disputada,
Até hoje é um dilema;
Três religiões se cruzam,
Cada qual tem seu emblema.
A Terra Santa, na história,
Segue como um poema.
23
Entre guerras e culturas
O mundo então se moldou.
A Idade Média viu
Como o oriente brilhou.
E as Cruzadas lembram lutas
Que o tempo transformou.
24
Da Europa às terras santas
Vai a fé, pelo caminho.
Mas da história se aprende
Que ninguém anda sozinho.
Ao lembrar desses eventos,
Que a paz seja o nosso ninho.
25
Assim, deixo essa mensagem
Sobre tempos do passado,
Cruzadas foram fracasso,
Mas mundo foi alterado.
Que a história nos ensine
E não nos deixe enganado.

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