por: Ivaldo Fernandes
1
No Egito, em Alexandria,
Um centro de saber brilhou,
Ao norte, onde o Sol ardia,
O Rio Nilo ali passou.
Biblioteca imponente,
Guardou cultura crescente.
2
Foi Ptolomeu, o grande rei,
Quem deu início ao esplendor.
Demétrio, exilado, achou-meio,
De criar espaço de valor.
Com Musas no templo sagrado,
O saber foi celebrado.
3
Guardava saber profundo,
De papiros a ciência,
Conhecimento oriundo,
Das mais ricas consciências.
Livros, tratados, poesia,
Tudo em vasta sabedoria.
4
Quatrocentos mil volumes,
Eram ali preservados.
Com o tempo, em altos cumes,
Um milhão foram guardados.
O saber universal,
Era seu maior aval.
5
Sete séculos se passaram,
De glória e contemplação.
Matemáticos estudaram,
A base da criação.
Euclides e seus saberes,
Davam vida aos seus poderes.
6
Geometria era explorada,
A trigonometria também.
Astronomia estudada,
Era farol do saber além.
A medicina crescia,
Com o saber que se expandia.
7
Os papiros se faziam,
Naquele nobre lugar.
Ideias então surgiam,
Para o mundo transformar.
De Atenas a Alexandria,
O saber em harmonia.
8
A Septuaginta nasceu,
Naquele santuário antigo.
Setenta sábios traduziu,
Os textos do povo amigo.
A Bíblia em grego ficou,
E a cultura se espalhou.
9
Cleópatra, tão cativada,
Adorava aquele espaço.
Com César, era encantada,
Buscava histórias no abraço.
A rainha e sua paixão,
Pelo saber, grande razão.
10
Mas o fogo destruidor,
Certo dia ali chegou.
Júlio César, conquistador,
Alexandria queimou.
Navios e papiros arderam,
E do saber se perderam.
11
Outros incêndios ocorreram,
No tempo, tudo apagando.
Muitas obras se perderam,
Com o fogo devastando.
E a biblioteca, tão rica,
Foi ao pó que nada explica.
12
Mesmo assim, sua memória,
Permanecerá viva aqui.
Guardamos traços de glória,
Desse saber que reluzi.
A humanidade é grata,
Por sua herança insensata.
13
Astrônomos de visão,
Ali puderam estudar.
Cometas na imensidão,
Planetas a se observar.
O cosmos era desvendado,
Por quem ali tinha estado.
14
Saber sobre medicina,
Naquele tempo surgiu.
Receitas de erva divina,
O mundo todo assistiu.
A saúde ali ganhou,
Com o que o povo estudou.
15
A nova Alexandria ergueu,
Uma biblioteca moderna.
Em dois mil e três ela nasceu,
Pra cultura ser eterna.
Com museus e planetário,
Saber amplo e solidário.
16
Tem salas pra conferências,
E espaço de exposição.
Laboratórios, ciências,
Pra toda uma geração.
O Egito, no tempo e espaço,
Com cultura faz o laço.
17
A biblioteca moderna,
Faz jus ao legado antigo.
Com estrutura tão eterna,
Renova o saber amigo.
Um centro internacional,
De cultura sem igual.
18
Mas lembramos o passado,
Do antigo brilho que houve.
De um Egito iluminado,
Onde o saber sempre coube.
Alexandria reluz,
Como farol que seduz.
19
Cada papiro guardava,
Um segredo a revelar.
Ideias que iluminava,
A vida e o pensar.
Dos antigos, o saber,
Nunca irá se perder.
20
Foi no Egito, ao norte,
Que o conhecimento nasceu.
Alexandria era o suporte,
Pra tudo que se aprendeu.
Do passado, uma lição,
Pra inspirar a criação.
21
Filósofos e poetas,
Deixaram ali seu traço.
Culturas tão completas,
Desenhavam seu espaço.
Alexandria, brilhante,
Foi sempre tão importante.
22
Hoje a nova biblioteca,
É memória e é futuro.
Com saberes tão abertos,
Traz ao mundo o que é puro.
Alexandria renasce,
E sua luz nunca passe.
23
Em versos fica guardada,
A memória de sua história.
Do Egito, terra amada,
Que sempre teve glória.
Alexandria é farol,
Que ilumina como o Sol.
24
O saber é a herança,
Que o tempo nunca apaga.
De Alexandria, a lembrança,
Nos corações sempre vaga.
Biblioteca do mundo,
Seu legado é tão profundo.
25
Fecho os versos com louvor,
A quem saber preservou.
Alexandria é um valor,
Que o tempo não apagou.
A história nos ensina,
Que a cultura ilumina.
Ajude-nos a divulgar compartilhando com os seus amigos!