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As Catacumbas Romanas | Verso Cordel

As Catacumbas Romanas | Verso Cordel

 por: Ivaldo Fernandes

Sob o chão de Roma antiga,
Cavam túneis em segredo,
Onde a fé se faz abrigo,
Contra o fogo e contra o medo.
Cristãos mortos repousavam,
Em silêncio, no rochedo.

De início, apenas valas,
Para o corpo descansar,
Mas a falta de espaço logo
Fez o povo se adaptar.
Cavaram terras profundas,
Para os mortos sepultar.

No século dois, se iniciam
As catacumbas sagradas.
Nelas corpos eram postos,
Com devoções dedicadas.
Assim fugiam da cremação,
Por crenças tão arraigadas.

Não eram só cemitérios,
Mas lugar de comunhão.
Ali guardavam memórias,
Cultuavam com emoção.
Rezavam junto aos mártires,
Com fervor e devoção.

Nos muros, arte singela,
Contava a fé de um povo.
Pinturas cheias de sonhos,
De um Paraíso novo.
Cada traço era esperança,
De um mundo justo e renovo.

Muitas vezes perseguidos,
Pelo império tão cruel,
Os cristãos encontravam,
Sob o chão, seu lar fiel.
Ali uniam-se em culto,
Escondendo o próprio anel.

Vieram os tempos difíceis,
Mas a fé não se quebrou.
As catacumbas mostravam,
Que o amor nunca findou.
Entre pedras e martírios,
Cristo sempre os amparou.

Chegou o Édito de Milão,
De Constantino, o Imperador.
Com a tolerância ao Cristo,
Cessou o ódio e o temor.
Mas as catacumbas ficaram,
Como um símbolo de amor.

Caminhos tão intrincados,
Parecem um labirinto.
Sob Roma, guardam histórias,
De sofrimento e instinto.
Onde a fé se fez muralha,
E o futuro teve um tinto.

São Calisto, a mais famosa,
Pela Via Ápia repousa.
Ela guarda tantos mártires,
Com história tão formosa.
Turistas ali visitam,
A memória gloriosa.

Os lóculos bem cavados,
Guardavam corpos em paz.
Cobertos por lençóis brancos,
Com telhas ou mármores jaz.
Hoje são relíquias vivas,
De uma Roma que se faz.

Quarenta delas conhecidas,
Guardam a história imortal.
Nas estradas mais famosas,
Sob a terra ancestral.
São um marco da cultura,
E da fé universal.

Ainda ecoam as preces,
Dos cristãos em seu abrigo.
Cada túnel conta histórias,
De um povo tão perseguido.
Mas que nunca abandonou,
Do Senhor o amor sentido.

As catacumbas são mais,
Que memórias ou lugares.
São testemunhos de vida,
Entre dores e azares.
Proclamam fé inabalável,
Mesmo em tempos tão vulgares.

No silêncio das cavernas,
O espírito se elevava.
E na escuridão do mundo,
Uma luz sempre brilhava.
Pois mesmo entre os sepulcros,
A esperança os guiava.

Cristãos juntos sepultados,
Partilhavam a irmandade.
Sob o chão de Roma antiga,
Cultivavam a bondade.
E nos muros desenhados,
Deixavam a eternidade.

Sob as estradas romanas,
A história adormece.
Mas quem pisa em seus caminhos,
A beleza não esquece.
É a memória de um povo,
Que em Deus sempre engrandece.

Nos fossários tão antigos,
Guardam sonhos e lembranças.
São heranças do passado,
Da fé que nunca se cansa.
Pois em cada túmulo jaz,
Um grito de esperança.

Na penumbra das catacumbas,
A fé nunca esmoreceu.
Mesmo entre mortes e sombras,
O amor sempre venceu.
Pois o Cristo ressuscitado,
A todos engrandeceu.

Hoje restam como símbolos,
De um tempo de provação.
Mas que mostrou a grandeza,
De quem guardava o coração.
Na esperança do eterno,
E na força da união.

As catacumbas romanas,
Guardam um tesouro imenso.
São relíquias da coragem,
De um povo tão intenso.
Que na escuridão do mundo,
Fez da luz um claro incenso.

Caminhar pelos seus túneis,
É sentir a devoção.
Que moldou o cristianismo,
E lhe deu o seu padrão.
Com coragem, fé e arte,
Construíram a missão.

Hoje, Roma ainda guarda,
Esse legado bendito.
Nas catacumbas sagradas,
Revela o amor infinito.
Pois a história dos cristãos,
É um marco tão bonito.


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