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ANISTIA JÁ! | Verso Cordel

ANISTIA JÁ! | Verso Cordel

 por: Ivaldo Fernandes

No Brasil, minha nação,
Vejo a grande hipocrisia,
Quem já teve anistiação,
Hoje nega essa alegria,
Esquecendo a multidão,
Que só clama: Anistia!

1
Lula teve seu perdão,
Num decreto soberano,
Mas não quer dar solução,
Ao clamor do povo insano,
Que em 2 mil e vinte e cinco,
Já sofreu por muito ano.

2
Foi no ano setenta e nove,
Que a sua anistia veio,
Mas agora ele se move,
Com frieza no seu seio,
E a justiça que se ergue,
Só persegue sem receio.

3
O que pede a multidão?
É vingança ou tirania?
Não, apenas pede então,
Que se faça a mesma via,
Dando aos filhos dessa terra,
O direito à anistia!

4
Se um dia foi condenado,
E depois foi perdoado,
Porque é que ao seu legado,
Hoje segue tão fechado?
Negando aos brasileiros,
O que a ele foi dado?

5
Muitos presos e humilhados,
Perseguidos e oprimidos,
Pelo Estado, condenados,
Tendo os sonhos destruídos,
E o governo nada faz,
Só os deixa mais feridos.

6
Quem já teve a sua vez,
Deveria ter consciência,
Mas prefere, com altivez,
Ser carrasco da clemência,
Mostrando que o seu perdão,
Não gerou benevolência.

7
O Brasil foi perdoado,
Por erros do seu passado,
Mas agora está trancado,
Num presente enjaulado,
Onde a lei não tem justiça,
Só o lado condenado.

8
Quantas mães ainda chorando,
Filhos presos sem razão,
Outros tantos se arrastando,
Sem trabalho e sem visão,
Enquanto o governo ri,
Sem mostrar o coração.

9
Seja justo, ó presidente,
Ouça a voz da multidão,
Anistia é o que a gente,
Vem pedindo em união,
Pois se a teve no passado,
Dê ao povo essa ação.

10
A justiça não é cega,
Ela enxerga o que convém,
Perdoando quem já nega,
O perdão que um dia tem,
E a balança se inclina,
Contra o povo que não vem.

11
O Brasil é terra boa,
Mas precisa de verdade,
Que não seja tão à toa,
Sua lei e sua equidade,
Se um já foi perdoado,
Dê a todos liberdade!

12
Nosso grito não se cala,
Vai ecoar sem cessar,
Nossa voz não se abala,
Não vai nunca se dobrar,
Pois justiça de verdade,
Tem que ser pra se aplicar!

13
Seja justo, presidente,
Seja justo, meu país!
Dê ao povo o que é urgente,
Seja um líder que condiz,
Com a lei que se anuncia,
Dê ao povo Anistia!

14
Não se pode condenar,
Pelo que foi já julgado,
O perdão é pra fechar,
O que antes foi tratado,
Se pra um valeu a regra,
Para os outros seja dado!

15
Quantos hoje estão sofrendo,
Por vingança, não justiça,
Os direitos se perdendo,
Na caneta que se atiça,
Mas a luta continua,
Pois o povo não se omissa.

16
Não há como haver dois pesos,
Nem medidas desiguais,
Pois assim surgem os erros,
E os rancores sempre mais,
Se é governo do perdão,
Pague o que ao povo traz.

17
Se a história se repete,
Que se faça então o certo,
Pois negar, no fim, compete,
Com um erro já coberto,
Dando ao povo o que pede,
E não um futuro incerto.

18
A injustiça só divide,
O país e a sua gente,
Se a anistia foi erguida,
Seja igual pra toda frente,
Pois negar ao inocente,
É ferir todo um presente.

19
Povo grande, povo forte,
Que não foge da batalha,
Pois na fé tem o seu norte,
E na luta nunca falha,
Vai gritando até o fim,
Anistia, sem canalha!

20
Se a promessa não se cumpre,
Se o governo não se move,
O clamor vai ser bem lume,
Que ao país inteiro envolve,
E nas ruas brilhará,
Anistia! Que se prove!

21
O Brasil tem sua história,
Escrita pelo oprimido,
Mas é tempo de vitória,
Pra quem já foi perseguido,
Pois se um dia foi perdoado,
Outro não seja esquecido!

22
A justiça é pra ser reta,
Não pra um e não pra outro,
Não se aceita mais a treta,
De um governo tão afoito,
Que só lembra do que quer,
E do povo fica absorto!

23
Ninguém quer ver vingança,
Nem revanche sem razão,
Mas somente uma balança,
Que traga reparação,
Pra quem clama todo dia,
Dê ao povo anistiação!

24
O Brasil é uma nação,
Que precisa ter verdade,
Se um dia a salvação,
Foi por meio da equidade,
Hoje damos nosso grito:
Anistia! É liberdade!

25
O país segue marchando,
Pra justiça construir,
O seu povo está clamando,
Por um novo porvir,
Pois só há democracia,
Se o perdão souber surgir.

26
Se há um Deus que está no alto,
Ele um dia vai julgar,
Todo aquele que fez falta,
Para o povo libertar,
Pois a lei de Deus é justa,
E essa nunca há de falhar!


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