por: Ivaldo Fernandes
1.
Na antiga Mesopotâmia,
Terra fértil, água e chão,
Surgiram catorze cidades,
Com poder e proteção.
Foi a base urbanizada,
Do progresso em formação.
2.
Era o tempo do bronze,
Entre rios a crescer.
Sem modelo a se guiar,
Foram modos a tecer.
Quatro milênios lutando,
Pra o urbano se manter.
3.
Já no Egito se especula,
Que o exemplo dali veio.
Dois milênios e meio a mais,
Foi o tempo que correu.
A lição que ali brotava,
Ao Nilo também nasceu.
4.
Os rios eram a chave,
Pra semear e colher.
Mas em cheia ou vazante,
Trouxeram muito a temer.
Foi preciso engenho e arte,
Pra a terra se enriquecer.
5.
Fizeram diques, barragens,
Canais de irrigação.
Com trabalho organizado,
E um esforço em união.
Assim a terra crescia,
Com suor e dedicação.
6.
Desde a pré-história o povo,
Comercial já fazia.
Madeira, ferro e as pedras,
Eram coisas que trazia.
A metalurgia expandia,
Por onde o rio fluía.
7.
Alguns dizem que os templos,
Foi onde o Estado brotou.
Outros falam em conselhos,
Que o poder ali formou.
Com anciãos e assembleias,
A ordem se consolidou.
8.
O templo veio primeiro,
No quarto milênio então.
Já o palácio, mais tarde,
Ganhou nova posição.
Entre Deus e o governante,
Fez-se clara distinção.
9.
Os sumérios e acadianos,
Dividiam a região.
Cada língua, uma história,
Mas cultura, união.
Eram muros e cidades,
Com comércio em conexão.
10.
O monarca no começo,
Consultava a assembleia.
Mas com guerras e disputas,
A mudança veio cheia.
Separado do templo,
Fez do palácio sua teia.
11.
Nippur era o centro,
Para quem queria reinar.
Seu santuário divino,
Era força a conquistar.
Quem detinha aquela cidade,
Tinha o poder de governar.
12.
Sargão de Akkad surgiu,
Com um império a fundar.
Unificou a Mesopotâmia,
Com força pra governar.
Mas revoltas e ataques,
Fizeram-no se acabar.
13.
No final do milênio,
A monarquia ficou.
Mais potente que o templo,
Que o poder já deixou.
O palácio dominava,
O futuro ele moldou.
14.
A religião mesopotâmica,
Politeísta era, então.
Deuses como Inanna,
Inspiraram outra nação.
O divino e o natural,
Eram parte da visão.
15.
Anu, Enlil e Enki,
Eram deuses de respeito.
Cada um com um santuário,
Sua força tinha efeito.
Cultuados em cidades,
Com poder sempre perfeito.
16.
Os festivais eram grandes,
Com o rei a celebrar.
Os deuses ali honrados,
Pra vontade consultar.
Era a fé que governava,
O destino a revelar.
17.
Os templos bem organizados,
Com hierarquia a seguir.
Os sacerdotes guiavam,
Pra vontade traduzir.
E o rei, como capataz,
Tinha os deuses a ouvir.
18.
O comércio era a base,
Pra riqueza garantir.
Troca intensa com o mundo,
Fazia a terra expandir.
E assim se consolidava,
O desejo de persistir.
19.
As cidades tinham muros,
Pra a defesa assegurar.
Com as rotas protegidas,
O futuro a prosperar.
Mas o comando exigia,
Mãos firmes pra administrar.
20.
O Egito nunca alcançou,
O mesmo poder central.
Na Mesopotâmia o rei,
Era um símbolo divinal.
Mas a força se limitava,
Com conflitos sem igual.
21.
Cada era uma lição,
Para o mundo compreender.
Da urbanização pioneira,
Muito há de se aprender.
Foram séculos de esforço,
Pra o modelo se erguer.
22.
Mesopotâmia, mãe primeira,
Do urbano que cresceu.
Entre rios e desafios,
O progresso floresceu.
E a história dessa terra,
No presente permaneceu.
23.
Dos templos aos palácios,
Foi um longo caminhar.
De revoltas e conquistas,
Cada pedra a recordar.
É o início de um legado,
Que jamais irá parar.
24.
Que o exemplo mesopotâmico,
Nos inspire a construir.
Com justiça e união,
Pra o futuro expandir.
Pois a história é o alicerce,
Pra o mundo evoluir.
25.
Mesopotâmia pioneira,
Na urbanização geral.
Sua força nos ensina,
A enfrentar o temporal.
Que sejamos, como eles,
Firmes, sábios, sem igual.
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