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A Luta pela Irlanda | Verso Cordel

A Luta pela Irlanda | Verso Cordel
por: Ivaldo Fernandes
1
A Irlanda, terra altiva,
De história tão singular,
Separada da Inglaterra,
Pelo mar a navegar.
Cinco tribos a habitavam,
Cada qual em seu lugar.
2
Ulster, Meath e Connacht,
Leinster, Munster, a brilhar.
Vikings vieram aos montes,
E os celtas a conquistar.
Tanta luta se espalhava,
Sem a paz ali chegar.
3
Henrique, rei da Inglaterra,
Com poder a dominar,
No Tratado de Windsor,
Fez sua lei implantar.
Tributos os irlandeses,
Foram forçados a pagar.
4
Henrique VIII, ousado,
Reforma veio iniciar.
Católicos oprimidos,
O anglicanismo a enfrentar.
Religião virou protesto,
Contra o rei a protestar.
5
Mas não foi só por crença,
Que o conflito veio a ser.
Era a luta por um povo,
E seu direito a viver.
Política e território,
Eram o que faziam querer.
6
A Irlanda foi sofrendo,
Sob forte opressão.
Em 1641,
Rebeldia em explosão.
Mas Cromwell, com violência,
Trouxe dor e repressão.
7
Em 1798,
Nova luta a começar.
Os “Irlandeses Unidos”
Resolveram se aliar.
O sonho era a liberdade,
Que tardava a se concretar.
8
A fome veio em 47,
Tifo a se espalhar.
A praga nos alimentos,
Fez o povo a migrar.
Oitocentos mil morreram,
Sem ter como se salvar.
9
Em 1905,
Sinn Féin foi fundado.
Com coragem e união,
O destino foi traçado.
A independência vinha,
Mesmo com o sangue derramado.
10
Em 1921, enfim,
A liberdade proclamada.
Mas Ulster ficou preso,
À coroa aliada.
O Eire seguiu só,
Sua jornada obstinada.
11
Entre guerras e conflitos,
O IRA se formou.
Com armas e atentados,
Nova fase começou.
O sonho de unificação,
O movimento alimentou.
12
Em 1937,
Nova Constituição.
A Irlanda agora Eire,
Com orgulho e decisão.
Mas o Reino demorou,
A dar sua aceitação.
13
Só em 1949,
O Eire foi reconhecido.
Ulster, agora Irlanda do Norte,
Permaneceu dividido.
O anseio por união,
Nunca foi esquecido.
14
Religião e política,
Seguiam a conflitar.
Unionistas protestantes,
Queriam o Reino apoiar.
Católicos republicanos,
Pela união a lutar.
15
Esquadrões se formavam,
De ambos os lados em ação.
A intolerância crescia,
Aumentava a tensão.
E a paz, tão desejada,
Ficava em contramão.
16
Em 1994,
Um tratado foi assinado.
Mas o pacto foi rompido,
E o conflito retomado.
Cada lado insistia,
Num acordo desajustado.
17
Em 1998,
Novo tratado surgiu.
Mas os atentados graves,
No silêncio se ouviu.
A paz, tão delicada,
Nunca firme se sentiu.
18
A Irlanda ainda espera,
Um futuro a construir.
Com união e respeito,
Para enfim o conflito partir.
Pois a luta pela paz,
Nunca deve desistir.
19
A ilha guarda memórias,
De uma história tão sofrida.
Com orgulho de seu povo,
Que persiste pela vida.
Mesmo em meio às guerras,
A esperança é mantida.
20
Que o verde das montanhas,
Possa enfim simbolizar,
A harmonia entre os povos,
E o fim de todo lutar.
Pois a Irlanda merece,
Sua paz a conquistar.
21
As tribos que lá viviam,
Sonhavam com liberdade.
E ao longo dos séculos,
Lutaram com tenacidade.
A história os lembra heróis,
Pela pátria e dignidade.
22
Os celtas deixaram marcas,
De cultura e tradição.
E o espírito irlandês,
Vive em cada coração.
Mesmo em meio ao conflito,
Há beleza na região.
23
O futuro ainda é incerto,
Mas a luta é secular.
A Irlanda continua,
Com seu sonho a alimentar.
Que um dia as duas terras,
Possam juntas caminhar.
24
A história nos ensina,
Que a paz se deve buscar.
Com diálogo e respeito,
Tudo pode se ajustar.
Que a Irlanda encontre força,
Pra seu destino alcançar.
25
Do Eire ao Ulster unido,
A esperança não morreu.
Cada verso aqui escrito,
É do povo que sofreu.
Que o amanhã seja justo,
Como sempre se prometeu.

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