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A História do Rio de Janeiro | Verso Cordel

A História do Rio de Janeiro | Verso Cordel

por: Ivaldo Fernandes

I
No início, em terras novas,
Expedição veio chegar.
Gaspar de Lemos observava,
Um rio a desembocar.
De Janeiro foi chamado,
E assim foi batizado.

II
Franceses chegaram antes,
Comércio a disputar.
Trouxeram colonos bravos,
Queriam ali ficar.
Mas os lusos resistiram,
E por fim os expulsaram.

III
Em mil quinhentos sessenta e cinco,
A cidade foi fundada.
Estácio de Sá erguia,
São Sebastião, sua morada.
Com luta e determinação,
Firmou-se a nova nação.

IV
Ruas tortas, medievais,
No estilo português.
A baía tão estratégica,
Fez crescer o interesse.
Porto, pesca, agricultura,
Rio mostrava estrutura.

V
No século dezessete,
A cidade já crescia.
Com milhares de indígenas,
E a Europa que atraía.
Português e negros vinham,
E a vida ali seguiam.

VI
Chegou o ouro em Minas,
E o Rio se transformou.
Era ponte para a Europa,
Que do Brasil se encantou.
A riqueza foi crescendo,
Com as minas florescendo.

VII
Mas no século seguinte,
Veio a crise pra abalar.
As minas perdiam força,
Outros países a exportar.
Açúcar já não brilhava,
E o povo se apertava.

VIII
A realeza portuguesa,
Em 1808, aportou.
O Rio virou colônia,
E o governo lá ficou.
Palácios, igrejas belas,
E a cidade em novas telas.

IX
O café trouxe esperança,
Com trilhos a avançar.
Indústrias no centro brotavam,
E o gás vinha iluminar.
Carroças com tração vinham,
Novos tempos já seguiam.

X
No fim do século dezenove,
Problemas vieram também.
Epidemias e pobreza,
Castigavam muito além.
O Rio, capital sofrida,
Lutava por melhor vida.

XI
Pereira Passos no comando,
Mudanças veio implantar.
Avenidas, novos parques,
E o porto a reformar.
Casas pobres destruídas,
Expulsaram muitas vidas.

XII
O povo foi para os morros,
Ou subúrbios afastados.
A cidade se moderniza,
Mas os pobres são jogados.
Rio cresce em esplendor,
Com beleza e com dor.

XIII
Nos anos de 1920,
O Rio ganhou atenção.
Cassinos, festas e praias,
Encantavam a nação.
Turistas vinham em massa,
O charme jamais se passa.

XIV
Mas em 1960,
Outra história foi escrita.
Deixou de ser capital,
Brasília ficou na lista.
O Rio, mesmo sem trono,
Seguiu forte em seu dono.

XV
Hoje a história perdura,
Com seus mitos e seus feitos.
O Rio de Janeiro brilha,
Mesmo em tempos mais estreitos.
É cidade de beleza,
E de luta com certeza.

XVI
A baía tão famosa,
Se tornou cartão postal.
Com o Pão de Açúcar imenso,
E o Cristo em seu pedestal.
É cidade de poesia,
E de história que nos guia.

XVII
Franceses não resistiram,
Ao poder luso nação.
Estácio foi sua base,
E marcou sua fundação.
A Guanabara os abrigou,
E a cidade assim ficou.

XVIII
Das madeiras à lavoura,
O comércio começou.
Pescadores na baía,
O sustento garantiu.
O Rio era promissor,
Mesmo em tempos de penhor.

XIX
A família real moldou,
Muito mais do que cultura.
Ergueu o Rio com força,
E o encheu de estrutura.
Sua herança permanece,
E no tempo nunca esquece.

XX
O café foi o alento,
Para tempos de tormento.
Com as trilhas e as indústrias,
Mudaram-se os fundamentos.
O progresso acelerou,
E o futuro revelou.

XXI
Cidade de mil contrastes,
Com montanhas e com mar.
Favelas e arranha-céus,
Juntos vêm a nos mostrar,
Que o Rio é resistência,
Com sua fé e paciência.

XXII
Nos tempos mais gloriosos,
Era centro cultural.
Capital do sentimento,
Do Brasil colonial.
Mesmo hoje sem seu título,
É gigante universal.

XXIII
A Guanabara resplandece,
Com o sol a iluminar.
O Rio tem sua força,
Que nenhum vai abalar.
É cidade que encanta,
Com história que se planta.

XXIV
De Gaspar até Pereira,
Um caminho foi traçado.
O Rio venceu batalhas,
Foi por muitos admirado.
Hoje segue em seu caminho,
Com futuro e seu destino.

XXV
E assim se encerra o verso,
Do Rio de mil amores.
Cidade de muita luta,
De paisagens e esplendores.
O Rio é nossa história,
Pura luta e muita glória!

Lista com todos os Cordéis


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