por: Ivaldo Fernandes
1.
Nos primórdios da razão,
O homem quis calcular,
Os dias de sua vida,
E o tempo veio ordenar.
Assim nasceu o compasso,
Do tempo a se regular.
2.
Nas terras do Egito antigo,
O Sol guiava o saber.
Trezentos e sessenta dias,
No ciclo a se tecer.
Mas seis horas de atraso,
Fizeram tudo ceder.
3.
Calendário bem distinto,
Os hebreus também criaram.
Com base na lua nova,
Os ciclos ajustaram.
Entre crenças e culturas,
Os povos se alinharam.
4.
Roma, berço de histórias,
Viu Rômulo inovar.
Com um calendário simples,
Os meses a organizar.
Dez no total compunham,
Sem Sol ou Lua a guiar.
5.
Os deuses foram honrados,
Nos nomes a registrar.
Os meses até dezembro,
Vieram se destacar.
Os números os restantes,
Iam o ciclo fechar.
6.
Numa Pompílio, o rei,
Resolveu reorganizar.
Com base nos astros claros,
O ano a remodelar.
Dois meses novos surgiram,
Para tudo equilibrar.
7.
Janeiro e Fevereiro,
No calendário a entrar.
Com números par e ímpares,
Vieram simbolizar.
Mas fevereiro ficou,
Com dias pra purificar.
8.
O tempo em Roma passava,
E o caos foi se formar.
Política interferia,
No ano a prolongar.
O calendário perdido,
Ninguém podia ajeitar.
9.
Julio César, ao comando,
Decidiu reorganizar.
Chamou Sosígenes, sábio,
Pra tudo examinar.
Descobriu o desalinho,
Que vinha a tudo atrapalhar.
10.
O ano da confusão,
Nascia para ajustar.
Quatrocentos e quarenta e cinco,
Dias pra se completar.
Um marco na história,
Pra o Sol sincronizar.
11.
Veio então o Juliano,
Que trouxe a precisão.
Quatro anos e um bissexto,
Com base na rotação.
Os meses firmes ficaram,
Sem mais hesitação.
12.
O Mercedonius sumiu,
Não tinha mais função.
Quintilis virou Julius,
Em justa consagração.
Fevereiro ainda curto,
Era a única exceção.
13.
Augustus, o imperador,
Também quis eternizar.
Um mês em sua homenagem,
Com dias a completar.
Sextilis virou Augustus,
Pra glória perpetuar.
14.
Pra não ser menos que Júlio,
Mais um dia foi somar.
De fevereiro tiraram,
Pra a honra preservar.
E assim o mês de agosto,
Passou a se destacar.
15.
Os meses se ajustaram,
Com lógica sem razão.
Outubro e dezembro,
Mais dias foram então.
Novembro e setembro,
Menos dias na mão.
16.
A lógica do calendário,
Vem até os dias de hoje.
Marcando nossas jornadas,
O tempo sempre nos foge.
Mas as marcas desse ciclo,
A história nunca corrói.
17.
Do Egito até a Roma,
Muitos passos se firmaram.
Religiões e ciências,
A ordem consolidaram.
Entre Sol e entre Lua,
Os tempos se ajustaram.
18.
E assim vive a humanidade,
Sob a régua do passar.
Os anos vão se somando,
Sempre a nos guiar.
Cultura e crenças moldaram,
O tempo a se organizar.
19.
Dos deuses aos imperadores,
A história foi se escrever.
Cada mês e cada ciclo,
Têm algo a dizer.
O calendário é um espelho,
Do que se quis entender.
20.
No compasso dessa história,
A cultura vem reinar.
Cada povo deu seu toque,
Pra o tempo eternizar.
Hoje usamos o legado,
Que Roma veio a deixar.
21.
E o calendário é prova,
De um esforço universal.
Pra medir o que é efêmero,
Num ciclo quase igual.
Entre ciência e história,
O tempo é sempre vital.
22.
Assim seguem nossas vidas,
Regidas pelo relógio.
Dos antigos aos modernos,
Todos em seu episódio.
Cada dia tem seu peso,
Na história e no sinódio.
23.
O homem busca na régua,
O tempo compreender.
Mas as horas, sempre ágeis,
Vivem a nos surpreender.
O calendário é um símbolo,
Do que queremos prever.
24.
Do Egito até os romanos,
A régua veio a crescer.
Com ciclos e datas fixas,
Tudo a se resolver.
Mas no fundo, é o mistério,
Que nos faz tanto querer.
25.
E assim, entre os registros,
De um calendário a falar,
Fica a lição das culturas,
Que o tempo veio juntar.
Entre ciência e fé,
A vida vamos marcar.
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